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Castilho dos Santos admite casos ilegais de trabalho temporário

Mayday Lisboa, 1.º de Maio - Foto de maydaylisboa / FlickrCastilho dos Santos, secretário de Estado da Administração Pública, admitiu a possibilidade de existirem casos ilegais de recurso ao trabalho temporário.

Em entrevista à Antena 1, o secretário de Estado da Administração Pública, admitiu a existência de serviços que sejam tentados a não o obter a sua autorização junto do respectivo ministro ou da parte do Ministérios das Finanças e optem pelos contratos temporários ao invés de um concurso público. Tais afirmações vieram em reacção à notícia da existência de 20 mil trabalhadores temporários no Estado.

Pouco tempo antes das declarações de Castilho dos Santos, a ministra do trabalho, Helena André, defendia a ideia de que “o Estado tem também que ter a possibilidade de recorrer a trabalho temporário porque é um trabalho legal”. “Hoje em dia nas sociedades modernas, o trabalho a tempo parcial, temporário e a tempo inteiro fazem parte daquilo que é a realidade das nossas sociedades. Não vejo porque é que os estados enquanto empregadores não podem utilizar esse tipo de possibilidades...", completou.

O tema do trabalho também esteve em discussão, na última terça-feira, na reunião dos ministros do trabalho do G-20, para o secretário-geral da OCDE a retoma na economia não será suficientemente forte para trazer os milhões de novos desempregados ao mercado de trabalho, recordando que as estimativas apontam para uma quebra de 4% do produto potencial nos países da OCDE. Em tempos de crise o trabalho temporário e outros tipos de contratos precários tendem a ser cada vez mais utilizados.

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