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Células estaminais

NOVA DESCOBERTA NA BIOMEDICINA
célula estaminalUma equipa de cientistas norte americanos da Universidade de Wake Forest (Carolina do Norte - EUA) descobriu uma nova fonte de células estaminais no líquido amniótico  - com capacidade para substituir células e tecidos lesionados por doenças como diabetes e Alzheimer.
A descoberta veio publicada na última edição da revista ‘Nature Biotechnology', depois de 7 anos de trabalho e pesquisa científica.
De acordo com o Presidente da Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular (SPCE-TC), Rui Reis, estas células não constituem uma alternativa à investigação em células estaminais embrionárias.

As células estaminais constituem hoje uma esperança para o tratamento de várias doenças degenerativas ainda sem cura devido às suas características especiais: são células que diferem de todas as outras pela capacidade de se diferenciarem e darem origem a outras células. Em potência uma célula estaminal pode ser uma célula nervosa, uma célula do fígado, ou outras.

A descoberta de células estaminais no líquido amniótico (que envolve o embrião) vem assim abrir uma nova porta numa área essencial da pesquisa biomédica. Anthony Atala, um dos investigadores da equipa responsável por este projecto pioneiro afirmou que "A nossa esperança é que estas células constituam um recurso valioso para reparar e criar órgãos". Segundo a revista "Nature Biotechnology" estas células estaminais foram utilizadas para criar tecido muscular e ósseo, vasos capilares, nervos e células hepáticas e têm a capacidade de substituir células e tecidos lesionados em doenças como diabetes e Alzheimer.

Entretanto, o Vaticano reagiu com satisfação à notícia, classificando-a como um "passo muito significativo e eticamente admissível", já que "não atenta contra a vida". Vários cléricos e alguns médicos vieram também afirmar que esta seria uma verdadeira alternativa às células embrionárias, cuja utilização é considerada por vários movimentos conservadores como eticamente reprovável.

No entanto, as declarações de Rui Reis (Presidente da SPCE-TC) à TSF apontam para um caminho substancialmente diferente:«A investigação em células estaminais embrionárias não irá parar só porque se descobriu este novo campo de possibilidades. Há graves problemas que não podem ser resolvidos com outras células, que não sejam as estaminais embrionárias».

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