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Câmara dos Representantes aprova retirada do Iraque pela terceira vez

Foto Sean Stayte/FlickrA Câmara dos Representantes norte-americana aprovou pela terceira vez um plano de retirada rápida das tropas dos EUA envolvidas na ocupação do Iraque, no princípio de Abril de 2008. A iniciativa foi apresentada por alguns congressistas democratas, e teve 223 votos a favor e 201 contra, apesar das repetidas ameaças de Bush de vetar qualquer proposta com prazos de saída, como já fez no passado. Por outro lado, a avaliação da situação no Iraque, divulgada ontem pela Casa Branca, fica muito aquém dos objectivos estabelecidos na "nova estratégia" de Bush. Ontem foi divulgado um relatório preliminar (disponível aqui, em inglês) de avaliação da situação no Iraque e do desempenho do governo de Nouri al-Maliki. Segundo a Casa Branca, as metas estabelecidas quanto à integração de todos os partidos e etnias no processo político e à reconciliação nacional, ao desarmamento das milícias, elaboração de lei eleitoral e marcação de eleições locais, bem como à distribuição equitativa do dinheiro do petróleo, estão longe de ser cumpridas.

Esta é a teceira vez que a Câmara dos Representantes aprova a retirada das tropas. A primeira tentativa foi derrotada na votação posterior no Senado, e a segunda foi vetada por Bush. Mas a insistência e o apoio crescente dos congressistas, progressivamente em sintonia com a opinião pública que é a favor da retirada, obrigaram a Casa Branca a definir objectivos e critérios de avaliação sobre a situação política no Iraque para justificar a presença das tropas por mais tempo. Trata-se de avaliar a nova estratégia de Bush para o Iraque, posta em prática nos últimos meses e que levou ao reforço das tropas e intensificação das operações militares.

Nas últimas semanas tem diminuído o apoio à estratégia presidencial mesmo no interior das fileiras republicanas. Agora é de esperar que quando o projecto agora aprovado pela Câmara dos Representantes for a votos no Senado, haja senadores do partido de Bush que mostrem o seu descontentamento com a permanência das tropas na guerra do Iraque, que este ano já matou mais de 3600 soldados dos EUA.

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