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Bush cede e encerra escutas telefónicas sem autorização judicial

Espionagem do governo dos EUA"O presidente decidiu não renovar a autorização do programa de vigilância terrorista (TSP, sigla em inglês) quando a actual permissão expirar" anunciou o secretário de justiça Alberto Gonzales em carta dirigida à comissão judicial do senado dos EUA. Este programa autoriza escutas telefónicas sem controlo judicial e foi denunciado em 2005 pelo jornal New York Times. No ano passado um juiz federal de Detroit tinha ordenado à administração que parasse com este programa por violar os direitos civis norte-americanos, mas a administração de Bush recorreu da sentença.

A carta de Alberto Gonzales é tornada pública um dia antes de ele se apresentar à comissão judicial do senado, onde se esperava que fosse questionado sobre este programa e que enfrentasse forte oposição da nova maioria democrata.

Na carta o secretário da justiça anuncia que: "Qualquer vigilância electrónica realizada como parte do TSP será realizada agora sob a aprovação do Tribunal de Vigilância da Inteligência Internacional".

O senador Charles Schumer, democrata de Nova Iorque, membro do comité judicial do senado afirmou que não compreendia porque é que Bush demorou cinco anos a tomar esta decisão.

Melissa Goodman, advogada da ACLU (União das liberdades civis americanas), associação que sempre denunciou que esta autorização viola a Constituição dos EUA, declarou que "Sob a pressão, a administração Bush reconheceu que o poder judicial deverá ter um papel na espionagem de americanos pela NSA (agência de segurança nacional dos EUA)" e acrescentou "Mas infelizmente, nunca temos suficiente informação sobre o que se passa. [Bush] transferiu simplesmente o programa para um tribunal completamente secreto".

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