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Bloco questiona manutenção de tropas no Líbano
O líder
parlamentar do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda, dirigiu
requerimento ao Ministério dos Negócios Estrangeiros
questionando a manutenção da participação
de 140 militares portugueses na Força Internacional das Nações
Unidas para o Líbano (FINUL). Luís Fazenda alerta para
o facto de que a situação no Líbano se alterou,
com a ruptura da ampla aliança de governo que, em Agosto de
2006, apelou ao reforço da FINUL, "traduzindo esta ruptura
um agravamento de tensões políticas e entre as várias
comunidades, nas quais o actual governo libanês toma parte."
No
requerimento, Luís Fazenda observa ainda que "ao ordenar a
entrada de tropas libanesas no campo de refugiados palestinianos de
Nahr Al-Bared, o actual governo libanês interrompeu uma
política de 40 anos de recusa de intervenções
militares em campos de refugiados no Líbano, em combates que
são os mais relevantes no país desde a guerra civil
(1975-1990)", e ainda que "várias organizações
humanitárias acusaram até o exército libanês
de atacar indiscriminadamente o campo de Nahr Al-Bared e de não
permitir o acesso aos feridos."
Assim, o
líder parlamentar do Bloco de Esquerda pede que o ministro
Luís Amado - que, na sua recente visita ao Líbano,
admitiu ser "perfeitamente possível" o prolongamento da
missão militar portuguesa no Líbano -, esclareça
se considera que as novas condições no Líbano e
a actual natureza do governo libanês não obrigam a
reconsiderar a presença militar portuguesa no Líbano; e
ainda qual a duração prevista da presença das
tropas portuguesas no Líbano.