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Beslam 2 anos depois

COMITÉ DE MÃES CONTRA RESPONSÁVEIS OFICIAIS
thumb_beslamFoi há dois anos que aconteceu o massacre de Beslam. Um comando pró-Chéchénia ocupou a escola desta cidade da Ossétia do Norte, no dia da inauguração do ano escolar, fazendo cerca de 1200 reféns. Depois de 52 longas horas deu-se o massacre onde morreram 331 pessoas, 186 das quais crianças.
O Comité das mães de Beslam publicou recentemente um texto onde afirma: "Estamos convencidas que estes dois anos conduziram-nos não à verdade, mas ao escamotear da verdade" e considerou ofensiva a presença de representantes oficiais durante as cerimónias de evocação da tragédia.

 

Há um ano as mães foram recebidas no Kremlin por Putin que lhes prometeu a verdade sobre o que se passou. Um ano depois o inquérito oficial não reviu os elementos contestados pelos familiares das vítimas, em especial o uso de armas pesadas e granadas incendiárias pelas forças de segurança.

Segundo a agência France Press um deputado russo, Iouri Saveliev, membro da comissão de inquérito parlamentar, acaba de publicar um relatório independente onde critica a actuação das forças de segurança russas. O deputado, que é físico perito em explosivos, afirma que as duas explosões no ginásio foram provocadas por granadas lançadas do exterior, apoiando-se numa análise técnica da destruição do edifício. Contesta assim a tese oficial de que o assalto teria sido uma resposta a explosões de bombas do comando chéchéno. O deputado critica ainda os "tiros massivos de todos os tipos de armas na posse das forças federais".

O único sobrevivente do comando chéchéno foi condenado a prisão perpétua em Maio passado. Mas os familiares das vítimas de Beslam queriam que fossem também julgados os responsáveis da célula de crise, incluindo o chefe dos serviços especiais russos Nikolaï Patrouchev.

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