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Banco de Portugal põe fim ao BPP

Banco de Portugal põe fim ao BPP O Banco de Portugal decidiu retirar a licença bancária ao Banco Privado Português, o primeiro passo para o fim da instituição, depois de verificada a “inviabilidade dos esforços de recapitalização e recuperação desta instituição”.

Em comunicado, o banco central, que é o supervisor do sistema bancário, tornou público que decidiu nesta quinta-feira, 15 de Abril, revogar "a autorização para o exercício da actividade do Banco Privado Português (BPP), depois de verificada a inviabilidade dos esforços de recapitalização e recuperação desta instituição desenvolvidos no contexto das providências extraordinárias de saneamento adoptadas pelo Banco de Portugal”.

Esta decisão do conselho de administração do Banco de Portugal, explica ainda o comunicado, "implica a dissolução e liquidação do Banco Privado Português". O Fundo de Garantia de Depósitos e Sistema de Indemnização aos Investidores serão agora accionados.

 

No mesmo dia, uma delegação do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) apresentou ao Banco de Portugal uma proposta para a compra da licença bancária, através de uma operação designada por Employees Buy-Out (EBO), ou seja, a compra da instituição pelos seus empregados.

A proposta passava pela transformação dos créditos privilegiados dos trabalhadores em capital, acrescidos de financiamento do SNQTB com o apoio da Privado Holding, a accionista do BPP, num modelo que estava por definir.

A proposta de aquisição seria feita pelo sindicato, situação inédita em Portugal, e por cerca de 100 trabalhadores do banco fundado por João Rendeiro.

A recente aprovação do Fundo Especial de investimento para os clientes que tinham aplicações em produtos de retorno absoluto, e que teve uma adesão da ordem dos 90 por cento, acentuou a descapitalização do banco, intervencionado pelo Banco de Portugal no final de 2008.

Em Fevereiro, quando tomaram conhecimento da aprovação deste fundo por parte do regulador do mercado de capitais, a CMVM, os accionistas do banco (através da Privado Holding) mostraram o seu desagrado pela decisão.

Para a Privado Holding, liderada por Diogo Vaz Guedes, a medida vinha criar “dificuldades e obstáculos possivelmente inultrapassáveis ao desígnio de viabilização do BPP e de uma solução satisfatória e justa para os clientes”, arrastando o banco, segundo os seus accionistas, “para uma situação de insolvência”.

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