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Alta tensão: Assembleia aprova abaixo-assinados

Muito alta tensãoCerca de 60 pessoas aprovaram este sábado em Pousos, no concelho de Leiria, o lançamento de dois abaixo-assinados contra a instalação de linhas de muito alta tensão próximo de habitações e contra a falta de informação sobre os efeitos das linhas de muito alta tensão que vão cruzar onze freguesias do município de Leiria no traçado entre Batalha e Lavos.

A decisão foi tomada por unanimidade. No primeiro abaixo-assinado, os subscritores manifestam a sua indignação pelo facto de "não ter havido informação nem debate público adequado" sobre esta obra pública e solicitam ao governador civil de Leiria, ao primeiro-ministro e ao presidente da Assembleia da República diligências para que, "de futuro, a população seja ouvida e esclarecida em tempo útil, nomeadamente durante o período de discussão pública".

Outro abaixo-assinado exige ao presidente da Redes Energéticas Nacionais (REN) "o afastamento em pelo menos 200 metros das linhas de muito alta tensão do traçado Batalha-Lavos de edifícios de habitação e de equipamento colectivo".

Os signatários sustentam que o "princípio da precaução" exige que "a ausência de certeza científica formal, a existência de risco ou dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever esse dano".

Os dois abaixo-assinados vão agora ser remetidos às populações das freguesias de Barreira, Cortes, Pousos, Santa Eufémia, Marrazes, Boa Vista, Milagres, Bidoeira de Cima, Souto da Carpalhosa, Bajouca e Monte Redondo.

No encontro estiveram presentes a presidente do Movimento Nacional contra a Alta Tensão em Zonas Habitadas e o presidente da Associação de Moradores do Celeiro e Lugares Limítrofes, no concelho da Batalha, que testemunharam os problemas decorrentes da instalação de linhas de muito alta tensão junto a habitações e os efeitos desta situação.

Na sexta-feira, o Bloco de Esquerda dirigira uma pergunta ao Ministério do Ambiente, através da Assembleia da República, exigindo esclarecimentos sobre o traçado em Leiria da linha de alta tensão entre Batalha e Lavos. Os os deputados Rita Calvário e Heitor de Sousa quiseram saber como foi possível que a decisão sobre estes traçados não tenha tido em conta a existência do edificado existente ou de projectos de habitação e de infra-estruturas de interesse social.

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