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Almoço contra discriminação cozinhado por seropositivos

Prato de comidaComo forma de protesto contra o despedimento de um cozinheiro infectado com o vírus da Sida, a Associação Médicos Pela Escolha promoveu um «almoço contra a discriminação» cozinhado exclusivamente por seropositivos. Henrique Barros, coordenador nacional para a infecção Hiv/sida, lembrou as únicas três vias de contacto conhecidas: "O HIV transmite-se através de relações sexuais sem preservativo, por via endovenosa e da grávida para o bebé".  

Ao todo, cerca de 40 pessoas compareceram no Bairro Alto, no restaurante "Agito", para um almoço "contra a discriminação". Uma iniciativa organizada pela Associação Médicos pela Escolha, para contestar as sucessivas decisões judiciais que deram razão ao hotel do Grupo Sana, no caso do cozinheiro despedido por ser seropositivo. Para Vasco Freire, o acórdão do tribunal "teve como consequência aumentar a discriminação" e afastar os trabalhadores dos médicos do trabalho.

Henrique Barros, coordenador nacional para a infecção Hiv/sida, frisou ao jornal Público que, felizmente, "este é um vírus bem comportado, em minutos fica inviável e não é capaz de infectar fora do sangue". Para o imunologista Machado Caetano, o desconhecimento dos magistrados é sintomático, já que bastava aos juízes terem consultado "literatura banal sobre a doença na Internet" e sentenças de tribunais europeus que em casos semelhantes deram sempre razão ao trabalhador.

No almoço estiveram também presentes Isabel do Carmo, Maria José Campos, Ana Campos, Jorge Portugal, Rosário Horta, Miguel Vale de Almeida e João Goulão, entre outros.

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