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Airbus: gigantesco protesto em quatro países
Trabalhadores da Airbus (e do consórcio EADS a que a Airbus pertence) realizaram 6ª feira, 16 de Março, paralisações de uma hora e concentrações nas localidades onde ficam situadas as fábricas, em quatro países: Alemanha, França, Grã-Bretanha e Espanha. As mobilizações foram superiores às realizadas a 6 de Março e mostraram mais uma vez a oposição de quem trabalha ao plano "Power 8", plano de reestruturação da empresa, através do qual a administração pretende despedir pelo menos 10000 pessoas (4300 em França, 3700 na Alemanha, 1600 na Grã-Bretanha e 400 em Espanha).
Em Hamburgo, onde se situa a sede alemã da Airbus, 20000 pessoas desfilaram no centro da cidade, juntando trabalhadores de outras cinco fábricas da Airbus no norte da Alemanha. Em Laupheim, no sul, duas mil pessoas fizeram uma cadeia humana em redor da fábrica em protesto contra o plano, que prevê a venda desta fábrica onde trabalham 1200 pessoas. Em Hamburgo o secretário-geral da IG Metall, Jürgen Peters, disse aos manifestantes que o sindicato não aceita o plano da empresa. O chefe do comité de empresa da Airbus, Rüdiger Lütjen, afirmou que a venda de fábricas não resolve os problemas de fabricação do avião gigante A380.
Na França os trabalhadores manifestaram-se em Toulouse, cerca de 7000 pessoas, em Nantes, em Saint-Nazaire e em Méalte (dois locais onde as fábricas estão ameaçadas de encerramento). Em Paris, algumas centenas de trabalhadores e uma delegação belga juntaram-se em frente à sede da EADS, a casa-mãe da Airbus.
Os trabalhadores das duas fábricas existentes na Grã-Bretanha realizaram manifestações separadas juntando mais de 2500 trabalhadores, mas, segundo fontes sindicais disseram à agência espanhola Efe, não puderam aderir à greve porque a legislação britânica exige um aviso prévio de oito semanas.
Em Espanha, a maioria dos 9100 trabalhadores da EADS-CASA, 3100 dos quais da Airbus, aderiu à greve de uma hora nas 9 fábricas, que existem em Espanha. Na fábrica de Getafe, dois mil trabalhadores concentraram-se à porta da empresa, realizaram uma assembleia e exibiram cartazes que diziam: "Em defesa do emprego e das tecnologias na EADS e na Airbus" e "Não aos cortes e ao fecho de centros".
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