Afeganistão: BE exige retirada das tropas portuguesas

13 de May 2007 - 15:11
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afegan3O semanário Sol noticiou ontem que os militares portugueses no Afeganistão se preparavam para uma missão com ordem para matar sem perguntar. Num debate com bloquistas em Santo André, Francisco Louçã lembrou a posição do Bloco de Esquerda: «Os soldados portugueses devem sair de lá o mais depressa possível, acho que não estão lá a fazer nada». Acrescentou ainda que «o governo afegão é um governo de narcotraficantes» e que «aquela guerra é um disparate».
 

Segundo o Semanário Sol, os militares portugueses no Afeganistão enfrentarão em breve uma nova missão, que consiste em «detectar, desmembrar e liquidar células talibãs activas na região de Kandahar, uma das zonas mais perigosas e inóspitas» daquele país. Trata-se de uma manobra ofensiva, desenvolvida ao lado de tropas norte-americanas e canadianas, que «exige que os militares lusos não tenham qualquer limitação do uso de força, o que não sucedia desde a guerra colonial», acrescenta o jornal.



Para Francisco Louçã os militares portugueses «têm de se vir embora porque aquela guerra é um disparate», considerando «uma vergonha que Portugal possa estar envolvido naquela trapalhada».



O coordenador do BE acrescentou que «o governo afegão é um governo de narcotraficantes». «O Afeganistão é um dos centros da produção de ópio, sendo responsável, segundo a Organização das Nações Unidas, por 90 por centro da produção mundial deste produto», referiu Louçã.



Para o primeiro-ministro José Sócrates, «nada mudou na missão portuguesa», considerando que estes militares se encontram «naturalmente integrados na missão da NATO»



Entretanto, o Governo do Afeganistão anunciou este domingo que o Mullah Dadullah, principal comandante talibã, foi morto durante um combate. Segundo o governo, Dadullah foi morto durante uma operação militar levada a cabo naquela região do sul do Afeganistão.

Os talibãs, no entanto, já desmentiram o anúncio feito pelo governo afegão. «É unicamente propaganda», afirmou Zabihullah Mujahid em nome deste movimento.