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73 mil operários da GM fazem greve nos EUA

Piquete de greve em Detroit. Foto LusaSeguindo o apelo do sindicato UAW (sindicato dos trabalhadores do sector automóvel), mais de 73 mil funcionários da General Motors dos Estados Unidos entraram em greve em 80 fábricas de todo o país. Desde 1970 que não havia uma greve nacional na GM norte-americana. O presidente do UAW, Ron Gettelfinger, disse que a GM forçou o sindicato a convocar a greve por negar-se a dar garantias em questões chave como a estabilidade do emprego.

A greve marcou uma reviravolta inesperada das negociações que decorriam há dez dias. O sindicato dos transportadores disse que, em solidariedade à greve, recusar-se-ia a transportar automóveis da GM enquanto o movimento grevista durasse.

A reestruturação da GM já levou ao despedimento de 34 mil trabalhadores no ano passado. A GM propõe agora cortar os gastos com os planos de saúde dos funcionários, criando um fundo que se responsabilizaria pela saúde dos reformados. O fundo seria ligado ao sindicato. Analistas de Wall Street dizem que o fundo poderia levar a GM a poupar três mil milhões de dólares por ano.

Gettelfinger disse que o UAW "tinha mais que vontade" de chegar a um acordo sobre o fundo, mas que a GM se recusara a aproximar-se das propostas sindicais no que se referia a salários, benefícios e participação nos lucros.

Nos piquetes de greve, os trabalhadores mostraram cartazes em que se dizia: "UAW em greve" e "Tirem as mãos da minha pensão".

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