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22 dias de guerra no Líbano

ISRAEL AINDA NÃO QUER O CESSAR-FOGO
criancas_1Há 22 dias que Israel bombardeia o Líbano e que se nega a parar a carnificina. Ontem Olmert, o primeiro-ministro anunciou a "destruição da infra-estrutura do Hezbollah", hoje Israel sofreu o maior ataque de rockets, mais de 180. As imagens (fotos de Arabist) que publicamos, de crianças a escrever nas bombas "de Israel com amor", são bem o sinal do fanatismo lançado pelo governo e pelo exército de Israel. Mas a guerra só se mantém com o apoio e os vetos dos EUA, que continuam a impedir as Nações Unidas de exigirem o cessar-fogo imediato.

criancas_2Israel está a aumentar a ofensiva contra o Líbano, nomeadamente invadindo o Sul por via terrestre e bombardeando um pouco por todo o país. Mobilizou mais reservistas e num sinal de fraqueza os seus ministros multiplicam-se em declarações de apelo à guerra e de recusa do cessar-fogo. Dizem que só param com a ocupação do Sul do Líbano por uma força internacional, que nesta visão substituiria o "trabalho sujo" do exército israelita.

Na noite passada Israel desencadeou uma operação na cidade de Baalbek, próxima da fronteira com a Síria, e anuncia que os seus soldados de élite mataram 10 pessoas e raptaram cinco militantes do Hezbollah, o que este nega. Nas ofensiva militares de Israel participam 7 000 soldados e o exército confirmou a morte de mais sete soldados. Em Gaza continuam os bombardeamentos, tendo já morrido 154 palestinianos desde o início da ofensiva em 25 de Junho. No norte de Israel continuam a cair os rockets do Hezbollah que hoje mataram uma pessoa e feriram pelo menos 14 e atingiram pela primeira vez uma povoação a 70km da fronteira. Desde o início desta guerra caíram mais de 1700 mísseis em Israel matando 18 pessoas.

A frente da guerra, tendo de novo como pilares Bush e Blair, continua a apoiar inflexivelmente as acções do exército israelita e conseguiu impedir as Nações Unidas e a União Europeia de exigirem o cessar-fogo imediato. Mas esta frente da guerra enfrenta cada vez maior oposição. Na Grã-Bretanha com divergências mesmo no governo, Jack Straw considerou publicamente a acção de Israel "desproporcionada". Na Alemanha, que desta vez apoiou Blair, o próprio governo está dividido.

Em Israel há já soldados que murmuram "uma missão suicida", como revela o artigo de Annette Levy Willard publicado hoje no jornal Público.

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