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Pois, eu lembro-me do
Pois, eu lembro-me do "carteiro" que fazia parte do quotidiano de toda a gente, que era invariávelmente acarinhado por toda a gente, que conhecia e era conhecido por toda a gente...
Se, porventura, o destinatário da correspondência não atendesse ou não estivesse em casa, ele sabia a quem a deixar, sem qualquer tipo de problema e sabendo que era agradecido por isso e não seria chamado à responsabilidade por qualquer lapso eventual que cometesse.
Mas isso era num tempo em que os CTT eram um serviço e não um negócio.
Agora tudo tem que ser rápido, tudo tem que ser na hora, porque tempo, como "eles" gostam de dizer, é dinheiro...
É nisto que o sistema neoliberal quer transformar a sociedade. É na falta de empatia que eles apostam, para que quem dá a cara seja o "mau da fita". Enfim é na desumanidade que eles actuam!