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Desproporções

O esquerda.net, reconheça-se ou não, o principal órgão informativo do Bloco, bem como as sua outras redes, o facebook, etc., não perdem uma ocorrência problemática que surja em Cuba e que a asfixiante midia corporativa, junto com muitas ongs humanitárias quanto baste, divulgam com todo o espalhafato, para fazer disso notícia. Claro, sempre muito neutral, citando uma e outra parte (por um lado o imperialismo terrorista dos states, por outro o bloqueado e encurralado “regime” cubano), sem tomar partido, não vão os leitores da página sentir-se manipulados.

No meu modesto entender, e apenas para manter a neutralidade, mas atendendo ao elementar factor da proporção das coisas: por um lado o domínio quase absoluto da informação pelo poder dos EUA e da sua ideologia, em que é secundado pela generalidade do “mundo civilizado”, e do outro lado, o silêncio, também quase absoluto, em que fica a informação do “regime” cubano, essa desproporção informativa deveria ser rigorosamente corrigida pela informação bloquista.

E, já agora, também a desproporção, ainda maior, que se verifica, seja em cada um desses dois países, seja no mundo, em que nem há como medir a desproporção, do mal causado aos povos, pelo imperialismo belicista e pelo terrorismo de Estado dos EUA, e o causado pelas brigadas médicas cubanas na sua solidariedade internacionalista.

Considerando essas desproporções, e mesmo que permanecendo neutral, em minha opinião elas só seriam corrigidas se as notícias colocadas pelo BE, nos seus canais informativos, a cada dia em que noticiasse um dos problemáticos acontecimentos em Cuba, correspondessem 365 sucessivos dias em que noticiasse as malvadezas internas e externas do poder norte-americano.

Talvez assim a informação bloquista correspondesse ao equilíbrio jornalístico que a sua deontologia democrática prossupõe. Será que essa informação e os vários opinadores que a utilizam, chegarão a ter noção dessa desproporção, pelo menos se e alguma vez o poder cubano virar de pernas para o ar?