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Parece-me que a posição do Luís Fazenda é demasiado derrotista e coloca a cabeça debaixo da areia. O desafio de mudar a Europa é imenso e atravessamos um momento especialmente duro para a esquerda? É verdade. Mas isso é razão para baixarmos os braços e nos recolhermos, cada um, ao seu cantinho nacional? Isso é colocar a cabeça debaixo da terra. O mundo não vai parar nem ficar menos globalizado por isso. As empresas transnacionais vão continuar a superar em tamanho os países médios e a impôr a sua lei. Só ao nível europeu é hoje possível travar empresas como a Google, o Facebook, a Microsoft ou a Apple e definir quadros fiscais transnacionais que impeçam jogos de fuga fiscais. A lei internacional vai continuar a ser escrita, mas de forma opaca por escritórios de advogados globais e tribunais arbitrais compulsivos. Por isso, por muito difícil que seja, a única batalha que podemos travar é mesmo no xadrez europeu e lutando pela revisão dos tratados, nem que demore dezenas de anos.