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Uma correta e contundente análise do lugar que ocuparam, nas eleições dos EUA, as candidaturas de Hillary e Trump e uma saudável vontade de as esquerdas avançarem um caminho próprio e independente.
Só com o senão de ainda pôr a disjuntiva de “arrancar o Partido Democrático aos neoliberais ou de abandoná-lo”. Na minha modesta opinião, já passou há muito, se é que alguma vez houve, o tempo de “arrancar o P. Democrático aos neoliberais”. O lançamento de Hillary Clinton contra Donald Trump e vice-versa, foi uma decisão inerente e interna do 1% do poder americano, nas variantes que nele convergem e se disputam (e de que fazem parte intrínseca os aparelhos, tanto do P. Republicano como do P. Democrático), consoante a evolução e as contradições dos seus monopólios capitalistas e do capital global.
Portanto, as várias esquerdas mais influenciadas ou menos pela ilusão do apoio à Hillary, não estiveram no lançamento dessa disputa eleitoral, mas estiveram, quase até ao tutano (apoio de Bernie a Hillary, etc.), na dependência e na subordinação a essa disputa. E o erro que “temos” de aprender é o das esquerdas que se querem consequentes e mais ou menos “radicais” não repetirem nos EUA, como pela Europa (Portugal incluído), essa dependência nem esse apoio. Se “queremos”, que o abandono de vez o P. Democrático, de quem ainda não o fez, lhe possa arrancar, não os neoliberais, mas alguns sectores ainda iludidos que possam vir a engrossar a acção comum e independente das esquerdas, seja nos EUA contra o terrorismo e o imperialismo do seu “establisement”, seja pelo resto do mundo contra o neoliberalismo e o capitalismo multifacetado.