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Aqui vai o link para a entrevista:

http://www.rtp.pt/noticias/economia/joseph-stiglitz-custa-mais-a-portuga...

A propósito, ontem mesmo Jerónimo de Sousa falou sobre esta matéria, nos seguintes termos [ http://pcp.pt/comicio-da-festa-do-avante-2016 ]:

"Se há Partido que há muito sabia o que representava a União Europeia e o Euro, esse Partido é o PCP. Durante anos e anos alertámos para as consequências da adesão de Portugal à CEE / União Europeia e ao Euro, e o que representavam. Um País submetido a um conjunto de regras, imposições e ingerências externas que nada têm que ver com as aspirações do nosso povo e os interesses do nosso País.

Como sempre afirmámos, são os interesses do grande capital e das principais potências capitalistas da Europa que estiveram por detrás da criação da União Europeia e do Euro e que hoje ditam a sua evolução.

Hoje está mais visível aos olhos de mais portugueses a contradição insanável entre o direito do País a um desenvolvimento e as imposições da União Europeia. Hoje é mais evidente que o futuro do País, a melhoria das condições de vida do nosso povo e a soberania nacional exigem que se enfrentem com coragem essas imposições e que se lute para libertar Portugal das amarras do Euro, da União Económica e Monetária e das políticas da União Europeia.

Uma luta que é simultaneamente uma contribuição para a libertação dos povos da Europa de um processo de integração que está a empurrar o continente para a regressão civilizacional, para uma situação insustentável e carregada de perigos, um processo criador de crises várias e corroído por contradições cada vez mais fundas.

É sintomático que hoje, e sobretudo depois do referendo na Grã-Bretanha, se evidencie um crescente esgotamento do processo de integração e um sério abanão na sua construção.

O futuro de Portugal exige a ruptura com as imposições e chantagens que visam perpetuar a submissão, a exploração, o endividamento e empobrecimento. É esse o objectivo das sanções com que ameaçam Portugal.

Sanções que não foram, como alguns se apressaram a concluir, afastadas ou vencidas. Elas aí estão presentes, agora concentradas nas pressões e chantagens sobre o Orçamento do Estado 2017, para tentar esmagar a esperança aberta de que é possível sermos donos dos nossos destinos, decidir de forma soberana do progresso social do nosso povo e do desenvolvimento do nosso País. "

Há que elogiar o PCP nesta matéria - e vale a pena lembrar, nomeadamente, as múltiplas intervenções de Octávio Teixeira ao longo dos anos. Infelizmente, o BE - que tem praticamente a idade do Euro - não tem estado à altura da situação, não sei se por incapacidade de análise, se por receio de perder votos e/ou de sacrificar a possibilidade de se converter, num futuro próximo, numa espécie de "CDS" do PS.