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Acho particularmente revelador do estado do sexismo em Portugal termos tanto homem ofendido e indignado com uma mudança burocrática que em nada afeta a sua vida. Esta história de defender o masculino universal como se fosse uma norma gramatical incontestável não deixa de ser uma forma de afirmar um privilégio masculino que não tem lugar numa sociedade igualitária. Mas o mais absurdo mesmo é ver tanto homem a perder dias a discutir este assunto apenas para concluir que a questão não é prioritária e que ninguém deveria perder um minuto só a discuti-la, sem se aperceberem da enorme contradição em que estão.
Espero que esta proposta passe. Sim, é um pequeníssimo passo em direção à igualdade de género mas o ser relativamente pouco importante não é o mesmo que não ser importante de todo. Dado que ninguém consegue apresentar argumentos contra, não percebo porque não haverá de ser aprovada.