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Como simpatizante do bloco, queria mostrar a minha opinião pouco favorável a este tipo de opções dentro do partido. A nível da comunicação, este tema foi extremamente mal tratado e muito confuso. O bloco é um partido inclusivo e democrático, onde homens e mulheres têm uma voz de igual peso e medida. E ainda bem que é assim pois é assim que eu também me revejo em sociedade. No entanto, esta iniciativa parece querer forçar algo que deve partir da sociedade civil, como expressão da própria e não de orientações políticas que, podem estar, ou estão mesmo desfasadas dessa mesma realidade social. Havendo vontade em mudar a sociedade, essa mudança tem que ir ao encontro da vontade popular. Neste caso não foi.

Não se percebe a insistência - e não tem nada a ver com o português - em usar a palavra "cidadania". Porque não chamar simplesmente "cartão de identidade" ? Porque não fugir a uma discussão desnecessária ? Não a da inclusão e a da igualdade no género mas a discussão que está à mão, conveniente e extremada sobre algo pertencente ao reino da burocracia: afinal, não passa de um cartão de plástico exigido pelo Estado, nada mais. Até preferia nem ter um, vejam lá ! Tanta "acrobacia" política que só serviu para prejudicar o partido e não tirar nada de substancial ou importante para a sociedade, a não ser, ter mais cuidado com o português em casos semelhantes. Se isso é libertador das mulheres, mudemos já todos os termos ! Mas como é isso possível se nem a grande maioria das mulheres se revêem nestas opções ? Não existe "momento" social para o tema.

A luta pela igualdade de género em Portugal merece muito, muito mais e o povo percebe isso e percebe também que não é graças a estas iniciativas que se vai mudar o quer que seja. Daí, o computo final desta iniciativa ser o que é. Quando é preciso explicar ao povo como ele deve entender certo aspecto, é porque a iniciativa, em primeiro lugar, não merece a atenção e seriedade que se lhe quer dar. Eu só peço que, por favor, não dêem mais "tiros nos pés" como este. O bloco foi a chacota em pessoa ao trazer esta "solução" para a discussão pública. Para além disso, sinto-me algo confuso relativamente ao desaparecimento de certas "bandeiras" dentro do partido. Onde está a luta contra a proibição das drogas leves ? Onde está a luta a favor da legalização da eutanásia ? Alguém ? ....