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olhar para o passado com os olhos do presente, é um ponto de partida inevitável. estamos nós noutro, senão no presente? já olhá-lo como os olhos do presente pode significar, e do ponto de vista ético é bom que signifique, olhá-lo questionando os valores que dizemos em mudança mas cuja mudança, para algumas pessoas e particularmente nas questões de género, custa acomodar. desse incómodo nos podemos questionar as nós mesmas: tenho de me culpabilizar por ser mulher ao recusar a situação de opressão em que temos vivido? tenho de culpabilizar todos os homens como se fossem uma realidade única? o perguntas mesmo retóricas, toda a gente responderia, pelo menos em público, da forma esperada. e mudar, porque custa tanto? se é mesmo tão insignificante esta questão, porquê tanta celeuma? para mim a resposta só pode ser que estamos perante um triste sintoma de algo que ainda nos custa aceitar. ao falar também fazemos igualdade, porque custará tanto dizê-la?