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Subscrevo um artigo claro e bem esgalhado, não pelas suas qualidades literárias, mas pela qualidade da argumentação. Gostei também do comentário do Luís, franco e aberto, mas permito-me perguntar-lhe se, independentemente dos exames estarem a produzir um bom resultado, eles não são redutores na sua abrangência? Isto é, onde ficam o trabalho do corpo, o corpo na nossa existência, na nossa sociabilidade? Onde fica o lugar das artes, não porque tenhamos todos de nos tornar artistas, mas porque isso é uma componente fundamental da nossa aprendizagem da vida social e humana? Não há contradição entre o artigo da Mariana e o comentário do Luís, mas "pesco" uma expressão da Mariana bem ilustrativa, a ideia de que "os exames são os eucaliptos do sistema educativo". Posso entender que, em determinadas situações educativas (e fujo à ideia de contextos propositadamente) a marca de um momento de avaliação possa ter um valor educativo, mas a sua imposição, ademais restrita a uns saberes em detrimento de outros, não só seca todo o sentido do trabalho educativo enquanto processo como compromete a relevância de outros saberes para além daqueles que são avaliados.