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Uma pequena achega
Poderia aqui colocar alguns argumentos contra ou a favor da realização de exames. Não o vou fazer. Apenas quero dar conta de uma curta análise do que vi no blogue esquerda.net a propósito das razões de Catarina Martins a favor da não realização de exames - razões que nem vou comentar, porque muito já foi dito pelos meus antecessores, apesar de discordar de cada uma delas, especialmente porque não quero um cirurgião feliz se não for competente. Temos visto neste país demasiados profissionais felizes que deixam muito a dever à competência.
A minha análise é bastante curta, meus senhores (e aqui estou a englobar homens e mulheres, porque nem o acordo ortográfico eliminou esta regra de ouro que reza que o plural de masculino e feminino faz-se sempre no masculino - não foi por isso que alguma vez me senti mais diminuída, menos reconhecida nas minhas capacidades, ou cidadã de segunda classe, embora entenda que há pessoas que preferem desrespeitar a língua portuguesa em prole de alguma ideia ou ideologia, ou quiçá, tenham alguma necessidade de acrescentar algumas palavras para estenderem um pouco mais o seu discurso à falta de argumentos que o completem ou complementem).
Voltando à minha curta análise, atentem na minha observação:
- dos muitos comentários que vi (e são realmente a esmagadora maioria) contra a não realização de exames, todos eles, quase sem excepção, foram corretamente expressos, sem erros ortográficos, sintáticos ou morfológicos;
- dos poucos comentários que vi (e são indesmentivelmente uma parca minoria) a favor da mesma causa, todos eles, quase sem excepção, apresentaram atentados à nossa língua - recordo especialmente a opinião de uma professora que foi 'despensada' de exames.
Termino como o meu antecessor: um dos problemas deste país é termos demasiados políticos que não vivem no país real e continuem a fazer brincadeiras, às vezes infantis, que custam caro ao país - alguns mais cedo, outros muito mais tarde. Valha-lhes o povo sereno!