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Os factores que levam uma pessoa a ser "feliz" são muitos mais complexos do que a existência (ou não) de exames nacionais, independentemente da idade a que os possamos realizar. Eu acho que uma pessoa que sai da escola correctamente informada e preparada tem mais possibilidades de ser "alegre" do que uma quem completa os seus estudos e vêm cá para fora de mãos a abanar. Sejamos realistas, por muito simpático ou alegre que um cirurgião seja, a verdade é que quando uma pessoa vai para ser operada, está a meter a sua vida das mãos de outrem... é normal e expectável desejar qualidade e profissionalismo por parte do cirurgião.

Os exames escolares foram inventados por vários motivos - para avaliar as escolas, o desempenho dos professores e as competências aprendidas ao longo dos anos por parte dos alunos. Não vou dizer que não é chato ou stressante por que é, contudo, convém não esquecer que a escola existe para nos capacitar para o futuro e por vezes temos que passar por situações "inconvenientes" para realmente aprendermos alguma coisa. Os testes e os exames fazem parte do nosso percurso escolar e ajudam a filtrar os alunos preparados e informados, daqueles que precisam de se esforçar um pouco mais para obter melhores resultados. A escola não é, nem nunca deve ser, um lugar de ilusões e simplicidade porque não é disso que a vida é feita e não é com "ânimos leves" que vamos ter sucesso pela vida fora.

Receio que esta mentalidade "super-protectora" que tem vindo a crescer nestes últimos anos possa vir a trazer mais problemas para as gerações futuras do que a evitá-los. Como políticos, é importante lembrarem-se que as decisões que tomam hoje irão ter consequências no futuro. Façam o que fizerem, não sejam populistas só para agradar e ficarem bem-vistos na televisão, sejam realistas também e pensem mais a longo prazo.