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Ser feliz na escola não significa nada a menos que signifique ser feliz na aprendizagem. Mas o prazer de aprender é um gosto adquirido, e por vezes difícil de aprender - sobretudo se o professor não conhece o prazer de ensinar ou se o prazer de aprender é desencorajado em casa ou ainda se é reprimido, por vezes de modo sistemático e violento, pelo grupo dos pares (e aqui entramos na questão do bullying, que daria pano para mangas).

Mais difíceis de aprender, em contexto escolar, são os prazeres da dificuldade e da competição - e esta dificuldade é surpreendente se tivermos em conta que se trata de uma aprendizagem relativamente fácil em contexto desportivo. Idem para o prazer da cooperação. Mas são aprendizagens fundamentais em qualquer contexto.

Em termos de felicidade na escola, os exames podem ter - não o têm necessariamente, mas podem ter - um efeito positivo. Podem contribuir para que os alunos mais introvertidos, mais estudiosos, física ou psicologicamente mais frágeis, descubram que os "bullies" e os "jocks" têm, afinal, pés de barro. Que a brutalidade não vence sempre, e não vence em tudo. E este é um princípio muito, muito de esquerda.