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Quem é o estado? Quem é a Igreja? Não são os pais os primeiros educadores?
Já fui crente! Hoje não sou. Mas, uma coisa tenho a certeza: o estado somos todos nós e a igreja, seja a católica ou outra são as pessoas de um estado e que vivem em comunhão comigo e ao meu lado, isto, apesar das diferenças de atitudes e opiniões.
Embora já não acredite na existência de Deus, uma coisa quero: que o estado enquanto cooperante comigo na educação dos meus filhos me faculte tudo e todas as condições para uma educação integral que contribua e ajude no crescimento pessoal, social e espiritual dos meus filhos. Assim, num futuro próximo, os nossos filhos terão todas as informações e contributos académicos para decidirem sobre o melhor para si.
Não vejo qualquer vantagem social em reduzir a transmissão de conhecimentos religiosos à sacristia (como faz a maçonaria e outros grupos). Reduzir a transmissão de conhecimentos religiosos à sacristia é no mínimo perigoso: pode levar a fanatismos e (...) Conheço alunos com excelentes médias académicas que não frequentam a sacristia nem catequeses mas frequentam a EMRC por interesse ao diálogo e articulação com outros saberes e conhecimentos. Nós, enquanto estado laico, não podemos nem temos o direito de impor uma laicidade aos nossos alunos e filhos impedindo-os de confrontar e contactar no diálogo académico com os valores das confissões religiosas que existem num estado que somos nós próprios.
O estado é laico enquanto se respeita a si próprio enquanto conjunto de cidadãos com uma cultura que o identifica. O estado deixa de ser laico quando meia dúzia de deputados impõem a laicidade e se sobrepõem ao próprio estado. Isto, é no mínimo falta de respeito. Já agora, porque não um referendo a esta questão do ensino religioso no currículo? E porque não questionar a sociedade sobre algumas componentes do currículo? De certeza que alguns autores saíam do plano nacional de leitura e de certeza que alguns conteúdos do currículo seriam postos em causa por alunos e encarregados de educação pelo menos ao nível do ensino secundário (...)