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MM
MM
Desculpe por comentar um comentário anterior acima, de Nuno Cardoso, pois com tanta prudência não se vai a lado nenhum. Usando a única arma que defendo, a da palavra dita ou escrita, é importante batalhar para que o estado das coisas mude. O excesso de prudência só favorece os mesmos de sempre, e é essa postura que lhes permite manter as mordomias e os pecados eternamente.
Falando agora concretamente do seu artigo, parece-me que está no ponto certo: sucinto mas com o essencial da substância. Com as coisas ditas na sua essência mais pura. Mais, só levaria a uma dispersão indesejável.
Eu nasci na cidade do Lobito, Angola, em 15 de Novembro de 1960, de onde vim para Portugal quase com quinze anos em 28 de Outubro de 1975, tendo a independência ocorrido cerca de 15 dias depois, em 11 de Novembro. Uma data que para mim tem outras memórias.
De lá trouxe muitas memórias de uma infância e metade da adolescência muito felizes. Também uma outra situação que constatei ser de má convivência. Mas o saldo é claramente positivo. Ainda hoje me sinto mais angolano do que português, e mais africano do que europeu. A raça negra é para mim de uma grande nobreza (independentemente de haver alguns episódios muito graves no continente negro) e os mestiços pessoas de uma sensibilidade muito especial. A convivência entre diferentes, a todos os níveis, foi para mim fundamental e um enriquecimento permanente, que ainda se mantém por cá. Lições de vida para sempre.
Quanto a Angola, como infelizmente para muitos países de África, haverá que lutar de forma persistente, entre nós, mas também ajudando quem lá está, de modo a que mude o estado das coisas. É essencial apear as lideranças corruptas e sanguinárias, para que o povo em sentido amplo, tenha finalmente a vida condigna a que tem direito.
Um abraço solidário,
PF