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DECIDIR. É realmente uma palavra que faz e sempre fez o maior sentido na vida de cada um. Gosto de exercer esse direito e não gosto de votar em branco ou nulo, porque assim não decido nada. E quando voto estou a delegar nos outros a capacidade de decidirem por mim. VOTAR é abstraíres-te das tuas responsabilidades, não votes e luta, não entregues os futuros dos teus filhos nas mãos de especialistas em dividir, enganam-te, roubam-te, mentem-te… será que tu gostas?
PODÍAMOS AGORA INVENTAR um partido cheio de boas intenções, mas neste formato democrático o resultado cairia nos mesmos erros estruturais de sempre. Está comprovado que instalar estas organizações "partidos de qualquer natureza" num parlamento constitui hoje uma das maiores inutilidades sociais.
Se tu és um eleitor que defende este modelo de organização política, mas que não votaste PSD, não tens qualquer razão quando reclamas do governo. Afinal tu, ao teres votado em alguém "PS, PCP, BE, PAN, VERDES e outros" demonstraste concordar com a condição de que irias aceitar o resultado das eleições independentemente de quem fosse o vencedor. Não acredites em partidos, todos querem o teu voto para te subtrair a vontade.
Os conceitos de ESQUERDA E DIREITA não passam de engenharias ideológicas para te manterem polarizado e subserviente a quem se profissionalizou a defender uma medida por oposição a outra e quer chamar a si a responsabilidade de decidir por ti.
Torna-se assim necessário banir o formato clássico da actividade partidária, opaca e ludibriante, quer nos círculos governamentais quer municipais. Não existem partidos de democracia participativa, numa DP os partidos não escolhem os governantes nem se candidatam a eleições, muito menos terão o monopólio da governação, pois são os mestre da propaganda.
A propaganda política não é bem vinda "numa Democracia directa-participativa" porque é um modelo de comunicação fingido e evasivo que cria um mundo metafórico despertando mais os sentimentos que a inteligência. Importa erradicar esses privilégio "propaganda" altamente dispendioso e nocivo, por ser a forma mais perversa de embriagar os cidadãos e as suas decisões.
Se não nos libertamos deste modelo de democracia representativa espera-nos o capítulo mais penoso e vergonhoso de toda a história de Portugal e a humilhação das gerações futuras. Se nos mantivermos inertes a este modelo de governação, será certo que as consequências serão pormo-nos a mendigar por não termos a ambição de nos governarmos a nós próprios.
Acorda, não deixes que te governem em nome de interesses estrangeiros nem elejas quem te governa, participa tu no governo. Nesta hora, é preciso regerarmos-nos, é urgente a adesão das multidões a uma causa, a uma ideia, a um plano e a um objectivo rumo à participação livre, responsável, lúcida e solidária, isenta de subterfúgios, secretismos, tensões e separatismos.
É urgente a união rumo à equidade e sustentabilidade para a satisfação das necessidades, direitos e anseios fundamentais de todos.
Importa que o povo exerça a sua lucidez e estrutura, prepare uma agenda governativa nas suas máximas prioridades que servirão de base de trabalho para podermos traçar uma nova trajectória com a qual a Democracia participativa se identifique. Importa ainda e agora, cada um pense no que é mais importante fazer, dar-se a conhecer às multidões e formar um verdadeiro corpo social, soberano que são os cidadãos "povo" com consciência coletiva.
É pois urgente derrubar os pilares que transformaram os nossos dias numa vida doentia e fundar os pilares de uma civilização equilibrada e perene, que são o amor por todos e a sabedoria ao serviço do bem geral
Por muito pudor que tenhamos da IDEIA de (R)evolução, dada a inevitabilidade, é com ela que temos de lidar com a devida profundidade, quer o sistema colapse por si próprio, quer por acção popular ou outra, de preferência pacífica e popular. Não será novidade nenhuma, porque faz parte do crescimento das civilizações.
"VOTAR É UM DEVER CÍVICO". O tanas, desde quando que escolher quem me vai roubar é um dever cívico! Não votar, isso sim, é um dever cívico é um acto político nobre, é a coragem contra a acomodação, é a esperança contra a corrupção, é a liberdade contra o opressor.
O teu voto não liberta, oprime-te na medida que o mesmo elege, legitima e protege aqueles que te mentem e roubam. E só voltarei a votar quando os cidadãos tiverem conquistado o direito a participar na tomada de decisões, e a isso, chamamos democracia participativa.
Eu não voto, faço-o de consciência limpa, faço-o pela Democracia Participativa, faço-o porque não posso de forma alguma comportar-me como um mentecapto. Não posso legitimar um sistema que me oprime, rouba e escraviza.
Não posso andar a gritar que não quero privatizar a água e depois entregar essa decisão aos partidos políticos e de aldrabões. Na realidade, ao votarmos estamos a delegar a nossa vontade na deles e eles querem vender Portugal a Retalho. O teu voto vai permitir que eles privatizem a água já na próxima legislatura..