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Interessante artigo, apesar da grelha analítica mais tributária da teoria das elites do que do marxismo e um pequeno enviesamento pró-"Ocidental" sob a capa da aparente neutralidade. Exemplo: «Os protestos e deposição de Yanukovych, Presidente da Ucrânia, alteraram o posicionamento ucraniano a favor do Ocidente, o que levou Putin a tomar a decisão de invadir a Península da Crimeia, utilizando o discurso de proteção das minorias russófilas, violando o Direito Internacional e alterando as fronteiras do continente europeu em pleno século XXI.» Não se refere que os protestos não foram espontâneos -- abundam provas de que foram orquestrados com a ajuda de agências americanas especializadas em "revoluções coloridas"; não se refere as perseguições de que o Partido Comunista da Ucrânia, outros grupos esquerdistas e o movimento sindical foram e continuam a ser alvo pelo novo poder instalado em Kiev; não se menciona o decreto provocatório de proibição do russo como idioma oficial nas áreas russófonas que antecedeu a invasão russa. Sendo evidente estarmos na presença de dois imperialismos, o imperialismo da NATO-UE pode de facto mais do que o outro, por muito que Putin tenha má imprensa por causa dos casos Pussy Riot, LGBT e afins, como se o "Ocidente", começando nos EUA e acabando na Polónia ou na Hungria, fosse um exemplo nessas questões.