You are here
Autores
- Ackssana Silva (1)
- Ada Pereira da Silva (1)
- Adelino Fortunato (33)
- Adriana Temporão (1)
- Adriano Campos (95)
- Adriano Campos e Ricardo Moreira (2)
- Afonso Jantarada (18)
- Afonso Moreira (4)
- Agostinho Santos Silva (1)
- Alan Maass (1)
- Albert Recio (1)
- Albertina Pena (1)
- Alberto Guimarães e Silvia Carreira (1)
- Alberto Matos (24)
- Alda Sousa (9)
- Alejandro Nadal (79)
- Alexandra Manes (121)
- Alexandra Ricardo (2)
- Alexandra Vieira (28)
- Alexandre Abreu (5)
- Alexandre Café (3)
- Alexandre de Sousa Carvalho (1)
- Alexandre Mano (1)
- Alfredo Barroso (2)
- Alice Brito (65)
- Alison Tudor (1)
- Almerinda Bento (33)
- Aluf Benn (1)
- Álvaro Arranja (87)
- Amarílis Felizes (4)
- 1 of 19
- seguinte ›
Luis, esta história é tudo
Luis, esta história é tudo menos simples. Mas há um elemento que falta na tua análise no que diz respeito à Crimeia: independentemente de o referendo não ter sido organizado em bases democráticas, parece óbvio que a maioria do povo se pronunciou pela integração na Rússia. E a Crimeia não são as Malvinas. Que direito nacional sugeres que deva sobrepor-se à autodeterminação dos actuais habitantes (russos) da Crimeia? O de ressuscitar os tártaros expulsos há 70 anos e trazê-los de volta para a Crimeia?
Outro elemento muito importante: muito mais do que os impulsos grão-russos do Putin, estamos obviamente perante uma política persistente dos EUA e da UE de promover a balcanização do antigo bloco de Leste (o exemplo da Jugoslávia é gritante) e da própria ex-URSS. E o direito à autodeterminação não é equivalente do direito à separação de nacionalidades oprimidas. Também pode ser o direito à integração nacional. Não gosto muito de citar os clássicos, mas o velho Marx defendeu com unhas e dentes o direito à unificação alemã, e a reintegração da Crimeia na Rússia, hoje, parece-me corresponder mais a um direito desse tipo, que à «amputação» da Ucrânia. A não ser desde 1954 até agora, a Crimeia nunca fez parte da Ucrânia (e nessa altura, passar a Crimeia da Rússia para a Ucrânia era um «negócio» dentro de uma outra realidade, que era a URSS).