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Estamos a falar de défice na conta corrente - aquela que está a negativo e para a qual o empréstimo da troika mete o seu dinheiro para que o país não páre. Este défice significa que o estado gasta mais com a despesa dos serviços e salários públicos que o que aufere em impostos.
São os impostos que sustentam o estado. Só com uma economia forte é que é possível que os privados originem receitas que com a aplicação de impostos dá as receitas do estado. Se não chegam, como é o caso, tem de se cortar no estado. É simples e esta teoria não deita por terra coisa nenhuma. É nula.
OS nossos governos foram irresponsáveis sim. Continuaram a aumentar a estrutura e gastos do estado sabendo que não auferiam receitas para isso. Além disso os ordenados na função pública afectam os do privado. Se forem muito altos no público os trabalhadores não querem ir para o privado, que se vê obrigado a subir os ordenados para chegar aos recursos. Isto tira competitividade ao privado - e as empresas fecham e vão para outros países - enquanto que no público basta aumentar impostos que já se podem pagar.
Depois este "brilhante" economista diz que os dados não sustam o que se passa na realidade. Os dados dele efectivamente não porque misturam alhos com bogalhos. Sim houve crescimento na UE em termos globais, o que quer dizer que houve países que creceram o suficiente, para em termos globais, compensar o que outros não cresceram. Só isso. Não é por a UE ter crescido (e o mundo, já agora, porque o PIB mundial cresceu) que nós não estamos endividados ou crescemos. Não crescemos.
A deterioração fiscal é produto da crise, certo. Não causa. Certo. A causa é a economia não ser pujante o suficiente para gerar receita em impostos ao estado português (e aos outros estados endividados).
O estudo do BCE não deita por terra coisa nenhuma, confirma. O autor mente.
Este pacto não tem bases neoliberais sem fundamento nem princípios de esquerda (com a qual me identifico) nem de direita. Tem em linha de conta finanças básicas. Tal como a que fazemos ao gastar o nosso ordenado.
O autor do artigo passa depois a culpar o sector financeiro e diz que não é o endividamento nem as receitas públicas insuficientes para pagar as despesas. Claro. Eu ganho 100 por mês, gasto 130 e a culpa não é minha, é do bicho mau, do papão.
Este artigo enfraquece a luta de esquerda por ter erros graves, ser demagógico, sensacionalista e desonesto. Agradeço que o retirem deste nosso site.
Obrigado.