You are here
Autores
- Ackssana Silva (1)
- Ada Pereira da Silva (1)
- Adelino Fortunato (33)
- Adriana Temporão (1)
- Adriano Campos (95)
- Adriano Campos e Ricardo Moreira (2)
- Afonso Jantarada (18)
- Afonso Moreira (4)
- Agostinho Santos Silva (1)
- Alan Maass (1)
- Albert Recio (1)
- Albertina Pena (1)
- Alberto Guimarães e Silvia Carreira (1)
- Alberto Matos (24)
- Alda Sousa (9)
- Alejandro Nadal (79)
- Alexandra Manes (121)
- Alexandra Ricardo (2)
- Alexandra Vieira (28)
- Alexandre Abreu (5)
- Alexandre Café (3)
- Alexandre de Sousa Carvalho (1)
- Alexandre Mano (1)
- Alfredo Barroso (2)
- Alice Brito (65)
- Alison Tudor (1)
- Almerinda Bento (33)
- Aluf Benn (1)
- Álvaro Arranja (87)
- Amarílis Felizes (4)
- 1 of 19
- seguinte ›
Convivi bastante com a Inês
Convivi bastante com a Inês nos tempos de faculdade e discutimos muito sobre estas questões.
A grande conclusão é que a essência da praxe não se muda, independentemente do juízo "moral" que façamos das pessoas que "estão à frente". A hierarquia, a submissão, as constantes referências para se "cumprir ordens" em vez de "pensar" fazem parte da genética da praxe.
Acho que a faculdade é um local de pensamento, de confronto com o poder, de insubmissão constante, de formação de cidadãos com espírito crítico. A forma como se recebem os alunos deve reflectir isso e não o seu contrário. Por isso (e não podendo ser reformada) a praxe não faz sentido.
É verdade, que os casos que se sucedem de agressões são protagonizados por pessoas concretas e não pela praxe enquanto instituição. Mas o que quis transmitir no texto, é que a praxe cria as condições para que tal seja possível, ou seja, que gente mais frustrada abuse e que gente mais tímida (apesar de adulta) não seja capaz de dizer "não". Por isso a praxe também deve ser responsabilizada por todas estas ocorrências.
No caso da praia do Meco, como disse, está tudo por saber porque há alguém que se recusa a contar. E há um conjunto de gente que fez um pacto de silêncio, como se fizessem parte de uma "sociedade secreta". Ora, é importante abrir, discutir, pôr em causa, mudar e, já agora, garantir que entrar para o ensino superior em Portugal não é entrar numa "sociedade secreta".
Por último, resta-me dizer que me agrada ver que este texto chegou a muita gente que está/esteve na praxe e que foi capaz de gerar discussão lá dentro. Não nego que era esse o principal objectivo.