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Efectivamente as nossas manifestações de descontente não produzem nenhum efeito na classe dominante. São eles que rim de nos e não a inversa.
A pergunta é: de que maneiras vamos lutar como classes oprimidas para derrotar a classe dominante em democracia?
Temos muitas maneiras de levar a luta a outros patamares, onde sempre outras dinâmicas próprias descolam. Por exemplo, as greves de um dia demonstraram já que não servem. Muito bem, então vamos fazer greves continuadas de uma ou duas semanas por sector de actividade económica. Uma semana os bancos fechados, ou os portos inactivos, ou as policias em greve. Campanhas nacionais e regionais para não pagar a agua, a luz; campanhas de boicote sistemático a pombas de combustível mais caras que as outras, aos grandes supermercados, etc.
Greves onde seja o bolso dos ricos que sofre. Essa é a única forma de convivência que eles percebem: a imposição do mais forte. Exactamente aquela que eles aplicam hoje ao conjunto dos portugueses. Democraticamente claro.
O problema está na decisão política sobre este nível de luta que deve ser tomada pelos dois partidos de esquerda. Mas será que o PCP e o BE estão preparados para caminhar já não como partidos "institucionais" mais como partidos revolucionários?