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MUITÍSSIMO DEPRIMIDO. NOTAS SOLTAS

O Bloco perdeu em toda a linha e a Direita, apesar de estrondosa derrota, vai continuar a destruir o que resta do Estado Social.
O Bloco necessita de virar-se para a organização das lutas e da resistência popular. Definir-se como um partido revolucionário. Formar uma consciência coletiva condizente com as referidas características. Inventar uma nova militância. Sem concessões ao sectarismo do "socialismo burocrático", nem simpatias pelas predominantes correntes direitistas da social-democracia. Para os primeiros, existe o PCP e os velhos esquerdistas Estalinistas; para os segundos, o confortável PS Social Liberal. Sem Ideias Novas, sem Novos Afectos, sem Novas Paixões, sem a profunda Crença no Mundo, o discurso dos dirigentes e dos militantes são vazios. Parece ser discursos desligados do corpo de quem os debita.

A época da “Frente Parlamentar”, da competência tecnocrática e da construção de imagens para a Comunicação Social acabaram. A época da ilusão Syriza também. Se na Grécia, a Esquerda Radical poderá ser governo, em Portugal a Esquerda Radical, com as suas lutas intestinais, com as jogadas dos aparelhos dentro do aparelho, pode implodir.

Os militantes de Esquerda não devem ser meras correias de transmissão do partido, mas também não podem ficar à espera que as lutas de resistência brotem espontaneamente.

As lutas e a consciência revolucionárias constroem-se, fabricam-se. A lógica da Comunicação Social e da Opinião Pública (instâncias de “Anti- Produção) são inimigos ferozes desse trabalho. O Socialismo não pode ser para amanhã. Tem de ser inventado vivido, agora. Já!