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Meus amigos nem tanto ao mar
Meus amigos nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Então num país que sofre de sebastianismo agudo, que o deixa num estado de constante espera pelo messias, quando nos aparece um "gajo", que nos diz a solução está em nós, atiramo-nos a ele??
Penso mesmo que é preciso ter cuidado com estes ataques mais efusivos sem grande contexto e com pouca abertura de mente. Não quero com isto insultar ou ofender ninguém, apenas penso que se o bloco quer mesmo ser aberto e plural os que o criam, inovam e engrandecem têm de ter essa mesma abertura neles próprios. Não se ganha nada em atacar o óbvio, e aproveitar os erros. Penso que devemos aproveitar os benefícios e melhorar os defeitos.
Com certeza que o Miguel Gonçalves têm muito a aprender sobre algumas classes sociais ou situações em que a vida não lhes sorri como lhe sorriram a ele (porque com muito ou pouco trabalho a vida tem de dar o ar da sua graça). Mas a verdade é que o que ele diz é uma das soluções para ultrapassarmos esta crise. Nós!
Nós é que podemos nos mexer para mudarmos a nossa situação AGORA!
Seja a nivel laboral como fala o miguel e bem, de nos conhecermos de sabermos no que somos bons e como é que isso pode ser utilizado no mercado ou noutra área qualuqer, seja a nivel politico com ideias, projectos e lutas para que o país mude. Cada um tem o seu lugar nesta sociedade e todos fazemos falta, temos é que encontrar o nosso. Para um Miguel Gonçalves existe um Zé Soeiro que equilibra as contas e se os dois conseguirem trabalhar em equipa a sociedade evoliu se entram em conflito não saímos daqui.
Claro que o Estado (atenção que nós também somos o estado, dentro ou fora do Governo) é quem pode, a nível geral, melhorar ou piorar a situação do país, mas se nos focamos só nisso esquecemos o papel do individuo nesta sociedade. Isso só fumenta o sentar no sofá à espera que o Estado mude a tua vida. Mas somos nós que numa situação mais favorável ou desfavorável temos de nos por à prova. Não podemos esperar que tudo seja fácil, nunca vai ser.
Devemos encontrar o nosso "miguel gonçalves" e o nosso "ze soeiro" (desculpa lá zé ;) ) e fazermos-nos à vida.
Abraços e força