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Cara Susana,

Ousariamos ousar, usando o mesmo pleonasmo que tu, no entanto para tal, no Portugal de hoje, obrigar-nos-ia a sermos "filhinhos do papai".

Os teus pais que ganhem o ordenado mínimo e tu, numa economia corruida e num mercado desleal, tenta esperar uns 3 ou 6 meses até a tua ideia começar a ganhar algum terreno, ou não.

Aí terás duas possibilidades, ou dormes ao relento e comes crostas de pão, o que fisiologicamente é muito complicado, porque ao fim de um mês os teus pais não têm mais como te manter, ou então submetes-te ao círculo de créditos para pagar créditos e quando deres por ti tens a corda no pescoço.

Sim, devemos lutar e não chorar um Estado que nos dê sustento, até porque o tempo das vacas gordas já lá vai e é graças a muitos, que hoje em dia são os ditos papás (porque o souberam "comer" no tempo devido), que hoje em dia estamos como estamos.

Sim, existem muitas pessoas que se socorrem dos apoios da Segurança Social para viverem no "dolce fare niente".

Mas sim, também existem muitos jovens que "matam o couro e cabedal" a estudar afincadamente, a participar em projetos, a ser pro-ativos.
A sociedade congratula-os e toda a gente afirma que vão ter um futuro brilhante, no entanto isso tudo desaparece quando entram no mercado de trabalho e começam a exigir o dinheiro que lhes é devido por um trabalho que desenvolvem.

Portanto Susana, esse teu "pode dar em nada, mas pelo menos tentaram", para a maioria dos portugueses é o mesmo que dizeres que "podiam atirar-se de um penhasco para tentar voar, podem perder a vida, mas pelo menos tentaram".