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Louçã insiste no apelo à união da oposição numa moção de censura

Esta segunda-feira, Francisco Louçã apelou novamente à união dos partidos da oposição em torno de uma possível moção de censura ao Governo, insistindo “na obrigação que o país nos deu, para que no Parlamento se faça ouvir aquele milhão de pessoas que censuraram o Governo e a troika”. O coordenador da Comissão Política do Bloco adiantou que estão agendadas conversas com os líderes da oposição.
A viagem no Metro de Lisboa insere-se no âmbito da campanha bloquista contra os cortes e privatizações dos transportes “Com este governo é o fim da linha”. Foto de Paulete Matos.

“Durante esta semana vamos ver o que o Governo vai fazer. Vamos conversar e não vamos desistir, não vamos baixar os braços. Conversarei com os dirigentes dos partidos da oposição para insistir na obrigação que o país nos deu, para que no Parlamento se faça ouvir aquele milhão de pessoas que censuraram o Governo e a troika”, disse o coordenador da Comissão Política do Bloco aos jornalistas, esta segunda-feira de manhã, depois de uma viagem pela Linha Verde do Metropolitano de Lisboa, para mostrar os constrangimentos provocados com a redução das composições para apenas três carruagens.

A viagem no Metro de Lisboa insere-se no âmbito da campanha bloquista contra os cortes e privatizações dos transportes “Com este governo é o fim da linha”. Ver fotogaleria da ação desta manhã aqui.

Apesar de o Partido Socialista ter adiantado que deixa cair a ideia de avançar com uma moção de censura ao Governo, uma vez que o executivo de Passos Coelho aparentemente deixou cair as alterações nas contribuições para a Taxa Social Única (TSU), Louçã insistiu que “é preciso não desistir e não baixar os braços”.

“Face às primeiras respostas do PCP e do PS, o que tenho a dizer é que é preciso conversar mais. Na nossa opinião continua a fazer sentido a moção de censura. Se a política do Governo é aumentar o desemprego, tirar os salários, aumentar os impostos, ainda mais os que prometeram que não aumentavam os impostos, aquilo que o povo disse na rua tem de chegar ao Parlamento e a força da oposição é ser coerente. E é por isso que o Bloco quis convidar todos à coerência e à resposta às dificuldades do país”, sublinhou o dirigente bloquista.

Governo prepara “um colossal ataque ao salário”

Questionado pela Lusa sobre as expectativas relativamente à reunião de Concertação Social, que teve início nesta manhã, Louçã sustentou que o Governo está a preparar “um colossal ataque ao salário” e que se prepara para pedir aos trabalhadores que paguem “a incompetência e ineficiência orçamental e a destruição da economia que tem vindo a ser provocada”.

“O Governo está viciado em cortes nos salários, está drogado em ataques aos reformados e pensa que a única coisa que se pode fazer na economia portuguesa é retirar salários e reformas. Isso só provocou crise”, critica Louçã.

O dirigente e deputado do Bloco sublinhou ainda que a alternativa é “seriedade na economia”, e que é essa a razão que deveria unir a oposição numa moção de censura. Para Louçã é tempo de “passar das palavras aos atos e de assumir responsabilidades”.
“Queremos juntar e não perder tempo. Não estamos dispostos a virar as costas ao país. Isto já está tão mau quanto podia estar”, concluiu.

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