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Louçã insiste no apelo à união da oposição numa moção de censura
“Durante esta semana vamos ver o que o Governo vai fazer. Vamos conversar e não vamos desistir, não vamos baixar os braços. Conversarei com os dirigentes dos partidos da oposição para insistir na obrigação que o país nos deu, para que no Parlamento se faça ouvir aquele milhão de pessoas que censuraram o Governo e a troika”, disse o coordenador da Comissão Política do Bloco aos jornalistas, esta segunda-feira de manhã, depois de uma viagem pela Linha Verde do Metropolitano de Lisboa, para mostrar os constrangimentos provocados com a redução das composições para apenas três carruagens.
A viagem no Metro de Lisboa insere-se no âmbito da campanha bloquista contra os cortes e privatizações dos transportes “Com este governo é o fim da linha”. Ver fotogaleria da ação desta manhã aqui.
Apesar de o Partido Socialista ter adiantado que deixa cair a ideia de avançar com uma moção de censura ao Governo, uma vez que o executivo de Passos Coelho aparentemente deixou cair as alterações nas contribuições para a Taxa Social Única (TSU), Louçã insistiu que “é preciso não desistir e não baixar os braços”.
“Face às primeiras respostas do PCP e do PS, o que tenho a dizer é que é preciso conversar mais. Na nossa opinião continua a fazer sentido a moção de censura. Se a política do Governo é aumentar o desemprego, tirar os salários, aumentar os impostos, ainda mais os que prometeram que não aumentavam os impostos, aquilo que o povo disse na rua tem de chegar ao Parlamento e a força da oposição é ser coerente. E é por isso que o Bloco quis convidar todos à coerência e à resposta às dificuldades do país”, sublinhou o dirigente bloquista.
Governo prepara “um colossal ataque ao salário”
Questionado pela Lusa sobre as expectativas relativamente à reunião de Concertação Social, que teve início nesta manhã, Louçã sustentou que o Governo está a preparar “um colossal ataque ao salário” e que se prepara para pedir aos trabalhadores que paguem “a incompetência e ineficiência orçamental e a destruição da economia que tem vindo a ser provocada”.
“O Governo está viciado em cortes nos salários, está drogado em ataques aos reformados e pensa que a única coisa que se pode fazer na economia portuguesa é retirar salários e reformas. Isso só provocou crise”, critica Louçã.
O dirigente e deputado do Bloco sublinhou ainda que a alternativa é “seriedade na economia”, e que é essa a razão que deveria unir a oposição numa moção de censura. Para Louçã é tempo de “passar das palavras aos atos e de assumir responsabilidades”.
“Queremos juntar e não perder tempo. Não estamos dispostos a virar as costas ao país. Isto já está tão mau quanto podia estar”, concluiu.
Comments
Desculpem lá, mas aí está uma
Desculpem lá, mas aí está uma coisa que não se deve fazer. Se o Bloco queria uma unidade na moção de censura com os outros partidos de esquerda, porque não falou previamente com eles, antes de atirar essa ideia para a rua? Nenhum partido gosta de ir a reboque dos outros e, agindo assim, invalidou essa hipótese.
LOL! Acha mesmo que a
LOL! Acha mesmo que a proposta não foi feita aos outros partidos da oposição antes de ser anunciada? Isso só faria sentido se fosse apresentada por novatos da política, o que não é o caso...
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