You are here

Governo admite recuar da TSU, substituindo por outras medidas

Um comunicado lido no final da reunião do Conselho de Estado informa que o governo está disponível para "estudar alternativas" à TSU, no quadro da concertação social. Segundo o Expresso, as alterações à TSU serão substituídas por outras medidas.
Vocês metem nojo, diz o cartaz. Foto de Paulete Matos

O comunicado de sete pontos lido na madrugada deste sábado ao final da reunião que durou cerca de oito horas sempre acompanhada por uma manifestação que exigiu a demissão do governo, diz que "O conselho de Estado foi informado da disponibilidade do Governo para, no quadro da concertação social, estudar alternativas à alteração da Taxa Social Única".

Em relação à situação do país, "os conselheiros sublinharam a importância crucial do diálogo político e social e da procura de consensos de modo a encontrar soluções que, tendo em conta a necessidade de cumprir os compromissos assumidos (...), garantam a equidade e a justiça na distribuição dos sacrifícios bem como a proteção das famílias de mais baixos rendimentos e permitam perspetivar o crescimento económico sustentável".

Apesar de reconhecer que "Portugal depende muito do exterior para o financiamento do Estado e da sua economia", o conselho "considera que deverão ser envidados todos os esforços para que o saneamento das finanças públicas e a transformação estrutural da economia melhorem as condições para a criação de emprego e preservem a coesão nacional".

Todos os conselheiros foram apupados ao saírem de Belém nos carros, sem exceção, de topo de gama.

Entretanto, o semanário Expresso afirma na sua edição deste sábado que o governo vai desistir de praticamente todas as alterações da TSU. Assim, o desconto dos trabalhadores manter-se-á nos 11% e as empresas só terão redução da sua contribuição se garantirem criação líquida de emprego. Este recuo do governo será, porém, compensado por outras medidas, como seja uma nova sobretaxa para confiscar parte ou todo o subsídio de Natal a todos os trabalhadores e também o aumento do IRS com a reformulação dos escalões.

Isto é, haverá um recuo das alterações da TSU mas as novas medidas de austeridade mantêm-se de outras formas.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Política
Comentários (2)