You are here

Número de casais no desemprego duplicou num ano

As estatísticas de agosto do Instituto de Emprego e Formação Profissional, que lidam apenas com o desemprego registado, confirmam o contínuo aumento do desemprego durante o primeiro ano da aplicação do memorando da troika.
Foto Paulete Matos

De acordo com os números revelados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no fim de agosto estavam inscritas 673.421 pessoas nos Centros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas. Um número bastante inferior à realidade do desemprego em Portugal, calculada em mais de 1 milhão de pessoas, uma vez que deixa de fora uma parte importante da população inativa, como quem deixou de manter essa inscrição ou quem já emigrou.

A variação em relação a julho confirma o aumento do desemprego em 2,8%, com mais 18.079 pessoas inscritas nos Centros de Emprego. Comparando com agosto de 2011, o aumento foi de 26,3%, ou seja, mais 140.049 desempregados ao fim de um ano de aplicação do memorando da troika. Um aumento que afetou sobretudo os jovens (mais 34,5% que em agosto do ano passado) e quem procura o primeiro emprego (30,4%) e os que não encontraram emprego ao fim de um ano de inscrição (mais 35%).

Mas a variação mais significativa regista-se nos casais desempregados, que são hoje mais do dobro (aumento de 102%) do que eram em agosto de 2011. Entre julho e agosto deste ano, este número cresceu 7,2%, sendo agora 9.438 casais em que ambos os cônjuges estão inscritos nos Centros de Emprego.

No que respeita ao nível de escolaridade, as estatísticas do IEFP revelam que o número de inscritos diplomados do ensino superior no desemprego aumentaram 54,5% nos últimos doze meses enquanto o relativo aos do ensino secundário aumentou 36,4%. Já as estatísticas regionais confirmam um aumento do desemprego em todo o país, destacando-se o Alentejo (mais 41,8%), o Algarve (mais 37,6%) e os Açores (mais 37,3%).

Termos relacionados Sociedade
Comentários (1)