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Presidente do Santander critica “padrão de consumo elevado” dos portugueses

Pedro Castro e Almeida, a quem foi atribuída em 2021 uma remuneração total superior a 1,5 milhão de euros, diz que portugueses "continuam com padrão de consumo elevado e a jantar fora à 6ª feira" e lamenta que se demonize quem tem lucros. Santander fechou exercício de 2022 com resultados de 568,5 milhões de euros.
Pedro Castro e Almeida, presidente da comissão executiva do Santander Portugal. Foto de Miguel A. Lopes, Lusa.

Pedro Castro e Almeida, presidente da comissão executiva do Santander Portugal, anunciou esta quinta-feira que a instituição bancária fechou o exercício de 2022 com resultados de 568,5 milhões.

“São resultados muito bons, que nos orgulham”, frisou. Apesar de os resultados terem praticamente duplicado face aos cerca de 298 milhões registados em 2021, o banqueiro recusa falar em “lucros excessivos”.

“Lá estamos nós em Portugal a demonizar quem tem um bom ordenado ou quem tem lucros. A revolução já lá vai há muito tempo, ter lucros é bom para toda a economia. O lucro excessivo tem de ser calculado em comparação com a rentabilidade do capital investido”, assinalou.

O presidente do Santander Portugal, que, em 2021, viu ser-lhe atribuída uma remuneração total superior a 1,5 milhão de euros, salientou que, numa economia em “pleno emprego”, continua-se a “ver muitas pessoas a jantar fora à sexta-feira à noite“. De acordo com Pedro Castro e Almeida, tal deve-se às políticas públicas que distribuem subsídios e que se traduzem no aumento da inflação.

Sobre o crédito à habitação e os permanentes alertas sobre a exponencial subida das taxas de juro e as dificuldades vividas pelas famílias, Pedro Castro e Almeida desvalorizou a situação. O responsável assinalou que, entre os clientes com crédito à habitação do Santander, entre 265 mil clientes, “poucos milhares estão em risco de incumprimento” e que na instituição bancária não se regista “nenhuma alteração relevante no incumprimento no crédito à habitação”.

O presidente da comissão executiva do Santander Portugal diz mesmo que “existe uma enorme assimetria entre o que é falado por uma associação de defesa dos consumidores, que fala de um ou outro caso, e a realidade que vemos nos bancos”, e enfatiza que o aumento das prestações do crédito à habitação só afeta as classes média e média alta.

 

 

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