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"Sem SNS não havia saída para a pandemia"
No final da reunião sobre a pandemia realizada esta quinta-feira, 16 de setembro, no Infarmed, o deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira fez uma declaração à comunicação social, destacando quatro pontos.
Em primeiro lugar, Moisés Ferreira lembrou que o país atingiu uma elevada percentagem de vacinação, 86% da população geral com pelo menos uma dose e apenas 3% ou 4% da população elegível não foi vacinada.
Elevada vacinação permite levantamento de restrições
“Perante esta percentagem de imunização da população faz sentido que sejam levantadas várias das restrições que existiam”, assim como alguns constrangimentos económicos e sociais, “no dia-a-dia das pessoas”.
“Temos uma alta percentagem de vacinação e é inegável que a vacinação é eficaz. Ela traduz-se em menos internamentos”, hospitalizações, casos graves e óbitos, afirmou o deputado do Bloco de Esquerda.
Moisés Ferreira apelou às pessoas que ainda não se vacinaram, a que o façam, pois “não vale a pena aumentar o risco sobre si e sobre as suas pessoas mais próximas”.
Manter proteção de si e dos outros
Em segundo lugar, o deputado do Bloco salientou que é preciso que “que todas e todos nós individualmente mantenhamos determinados comportamentos de proteção individual e de proteção dos outros também”.
Defendeu ainda que autoridades, como a Direção-Geral de Saúde, ajude novamente lares de idosos e outras instituições “a rever os seus planos de contingência, os seus planos de prevenção, etc”, acrescentando que “é preciso que organizacionalmente cada instituição tenha, neste momento, uma preocupação muito especial para garantir, por exemplo, a qualidade do ar”, assim como “a prevenção de aparecimento de infeções nas suas instalações”.
Vacinar a população a nível mundial
“É preciso que se vacine a população a nível mundial. Portugal está neste momento com uma alta taxa de vacinação, isso é ótimo, mas há outros países, noutros continentes, noutras latitudes, que têm taxas de vacinação muito próximas de zero por cento”, destacou, em terceiro lugar, Moisés Ferreira.
Essa situação é um perigo para esses países, para essas populações e para todo o mundo, salientou Moisés Ferreira, “porque isso pode potenciar novas variantes, que sejam mais infecciosas”.
“É preciso que Portugal e a Europa façam aquilo que o Bloco de Esquerda tem vindo a defender há muito: defender a intensificação da produção de vacinas, nomeadamente através do levantamento de patentes comerciais de produção das vacinas, para que as vacinas cheguem mesmo a todo o mundo”.
“Só chegando a vacinação a todo o mundo é que esta pandemia há-de acabar”, frisou Moisés Ferreira, acrescentando que só assim “estaremos seguros do fim desta pandemia”.
É preciso investir no SNS
Por último, Moisés Ferreira defendeu que “é preciso investir no SNS (Serviço Nacional de Saúde)” e sublinhou que “não teríamos conseguido esta taxa de vacinação com tanta rapidez, se não fosse o SNS”.
O deputado apontou que o SNS tem inúmeros desafios pela frente, nomeadamente, “continuar a monitorizar a evolução na covid” e vacinar para a gripe neste inverno. “Uma coisa nós aprendemos: sem SNS não havia saída da pandemia, então é no SNS e nos seus profissionais que devemos apostar e esse deve ser também um desígnio nacional”, concluiu o deputado.
Comments
Profissionais de Saúde.
Moisés Ferreira, sem duvida, e em relação aos profissionais de saúde, urge que os mesmos sejam valorizados, respeitados e com remunerações dignas para que sejam atraídos, e os que estão se fixem e não saiam do respetivo para trabalhar fora do SNS, além de que também é essencial que resolver o problema dos mais 28 mil profissionais, 3º grupo profissional, e 20 % da força produtiva do SNS, e que desde o final de 2008 lhe foi sonegada a sua categoria e carreira com mais de 40 anos, estando desde essa data como indiferenciados, falamos dos Ex. Auxiliares de Acão Médica, e que devem ser Técnicos Auxiliares de Saude, e não Assistentes Operacionais, apostar na sua formação, qualificação e certificação, alias a nova lei de bases de saude assim o diz.
Base 29 Profissionais do SNS
1 - Todos os profissionais de saúde que trabalham no SNS têm direito a uma carreira profissional que reconheça a sua diferenciação na área da saúde.
E que se faça jus à memoria de António Duarte Arnaut, em que numa das suas ultimas mensagens, e passo a citar.
"A destruição das carreiras depois de tantos anos de luta, iniciada em 1961, foi o rombo mais profundo causado ao SNS. Sem carreiras, que pressupõem a entrada por concurso, a formação permanente, a progressão por mérito e um vencimento adequado."
Profissionais de Saúde.
Moisés Ferreira, sem duvida, e em relação aos profissionais de saúde, urge que os mesmos sejam valorizados, respeitados e com remunerações dignas para que sejam atraídos, e os que estão se fixem e não saiam do respetivo para trabalhar fora do SNS, além de que também é essencial que resolver o problema dos mais 28 mil profissionais, 3º grupo profissional, e 20 % da força produtiva do SNS, e que desde o final de 2008 lhe foi sonegada a sua categoria e carreira com mais de 40 anos, estando desde essa data como indiferenciados, falamos dos Ex. Auxiliares de Acão Médica, e que devem ser Técnicos Auxiliares de Saude, e não Assistentes Operacionais, apostar na sua formação, qualificação e certificação, alias a nova lei de bases de saude assim o diz.
Base 29 Profissionais do SNS
1 - Todos os profissionais de saúde que trabalham no SNS têm direito a uma carreira profissional que reconheça a sua diferenciação na área da saúde.
E que se faça jus à memoria de António Duarte Arnaut, em que numa das suas ultimas mensagens, e passo a citar.
"A destruição das carreiras depois de tantos anos de luta, iniciada em 1961, foi o rombo mais profundo causado ao SNS. Sem carreiras, que pressupõem a entrada por concurso, a formação permanente, a progressão por mérito e um vencimento adequado."
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