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O Arraial Liberal
A Iniciativa Liberal continua a sua saga errante de afirmação política, mas começa também a deixar cair a máscara sobre quem realmente são.
Envolto em polémica desde o seu anúncio, este arraial desobediente expõe o uso do benefício político como intenção da Iniciativa Liberal (IL) de contornar as medidas sanitárias - à semelhança do que fez a claque do Sporting nas celebrações do título -, para permitir que os seus afiliados celebrassem o Santo António.
Recordem que esta é uma enorme contradição, basta lembrar as declarações e posição da IL sobre o 1° de Maio e o Avante, onde foram cumpridas as normas da DGS, contrariamente ao que aconteceu no desorganizado arraial liberal.
Foram quase mil pessoas que se juntaram no Largo Vitorino Damásio em Santos, das 17 às 23h da noite. À comunicação social, João Cotrim Figueiredo assumiu o uso do privilégio partidário para organizar a celebração popular e referiu que o arraial é uma forma de ajudar os comerciantes. Porém, 20% dos lucros irão parar aos cofres do partido que pretende menos estado e mais iniciativa. Notam a coerência?
Mas tudo assume contornos de falta de responsabilidade política por acontecer precisamente na zona com mais incidência pandémica do país e precisamente no dia em que a cidade de Lisboa é responsabilizada por isso e não progride no desconfinamento.
este arraial desobediente expõe o uso do benefício político como intenção da Iniciativa Liberal (IL) de contornar as medidas sanitárias
Para piorar a situação, a autoridade de saúde tinha dado parecer desfavorável a todas as atividades que extravasassem o comício político, recomendou uso de máscara, distanciamento social com pessoas sentadas a uma distância de 2 metros e uma pessoa por 8m2. Nada disto foi cumprido.
A situação toma ainda contornos mais graves quando vemos que o jogo mais popular e noticiado desta festa liberal foi o "Tiro ao Alvo", onde com arco e fecha, o público era convidado a acertar nos alvos, que eram, nada mais nada menos do que os rostos dos adversários políticos da IL. Até a direita conservadora lá estava. Aliás, estavam todos. Todos menos dois. Só lá não estavam os reaccionários do CDS e a extrema direita neofascista.
Deste modo, fica claro que os liberais estão em conluio com os extremistas de direita e que passaram também eles a propagar a intolerância. Parece até que estão agora federados pelo MEL, numa coligação das mais perigosas e obscuras forças da direita portuguesa.
Portanto, a IL não só não se opõe ao extremismo e negacionismo de direita, como se junta a eles, imitando as suas táticas e propagando as suas posições, parecendo estar em curso um pacto de não agressão entre os radicais.
Em suma, a Iniciativa Liberal para além de ser uma ameaça às conquistas de Abril e aos direitos dos trabalhadores, assume-se agora também como um partido difusor de ódio e polarização social.
Artigo de Luís Lisboa.
Comments
A VERDADE É COMO O AZEITE!
Mais tarde ou mais cedo a verdade viria ao de cima. Indignação quanto aos eventos de esquerda (e devidamente organizados), mas todo o "direito" de fazermos o que não queremos que os outros façam...
A máscara acaba sempre por caír (literalmente), pois este partido não passa da face "legal" da ultradireita. De liberais possuem pouco ou nada. A partir de agora só não vê quem não quer.
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