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Demissão em bloco após afastamento do diretor de obstetrícia do Garcia de Orta

O diretor de obstetrícia e ginecologia do Hospital Garcia de Orta foi afastado após ter criticado a decisão de juntar grávidas com e sem covid-19 na mesma enfermaria. Alcides Pereira fala em “lei da rolha”
Demissão em bloco
Foto de Paulete Matos

Alcides Pereira, diretor do serviço de obstetrícia e ginecologia do Hospital Garcia de Orta, conta à TSF que foi afastado depois de criticar a decisão de juntar grávidas com e sem covid-19 na mesma enfermaria quando “havia enfermarias dedicadas a doentes covid completamente livres.”

“Por dizer que tinham sido feitas escolhas erradas, por criticar a gestão clínica fui demitido", denuncia Alcides Pereira. Fala em “lei da rolha” e em clima de medo dentro do hospital.

Ainda afirma que o Ministério da Saúde pode-se encontrar com uma situação semelhante à que aconteceu com o serviço de pediatria daquele hospital, onde “os problemas começaram exatamente assim.”

Agora, um grupo de profissionais de saúde daquele serviço entregou uma carta à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo onde ameaçam com uma demissão em bloco devido ao afastamento de Alcides Pereira. 

À TSF, a administração do Hospital Garcia de Orta refere que a decisão do afastamento do Alcides Pereira foi “sequência de uma atuação institucionalmente incorrecta da exclusiva iniciativa do Diretor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia para com o Conselho de Administração, que o próprio tornou pública".

Terminam lamentando “que um ato de gestão interna seja apresentado por um Sindicato sem que o mesmo tenha sequer tentado perceber a sucessão de eventos que conduziu à tomada de decisão em causa, colocando pares contra pares".

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