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“É preciso investir no Serviço Nacional de Saúde”

No comício do Bloco em Portimão, Catarina Martins afirmou que “temos de investir no SNS” e “acabar com as taxas moderadoras para toda a gente ter acesso à saúde”. A coordenadora bloquista considerou que o SNS vai ser o “grande debate da próxima legislatura”.
Catarina Martins em Portimão - Foto de Paula Nunes
Catarina Martins em Portimão - Foto de Paula Nunes

O comício do Bloco de Esquerda decorreu na noite desta quarta-feira em Portimão e nele intervieram Catarina Martins, Mariana Mortágua, João Vasconcelos e Pedro Mota.

Na sua intervenção, a coordenadora bloquista começou por abordar as lutas que o Bloco travou e as que apoiou, sublinhando que “foi lutando lado a lado” que se conseguiu “o aumento do salário mínimo nacional” (95 euros na legislatura), se baixou o IRS, “acabámos com os cortes”, “aumentámos pensões mais baixas”, “descongelámos todas as pensões”.

Catarina Martins concentrou a seguir a sua intervenção na necessidade de investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Temos de investir no SNS, acabar com as taxas moderadoras para toda a gente ter acesso à saúde, fazer o caminho para a exclusividade dos profissionais para acabar com a promiscuidade e, claro, quando o SNS não tiver resposta, contratualiza-se com os privados”, realçou a coordenadora do Bloco de Esquerda.

É preciso acabar com a promiscuidade entre público e privado”

“Aqui no Algarve, onde há mais hospitais privados do que hospitais públicos, percebemos que o negócio pode ser bom para alguns, mas na verdade nega o acesso à saúde à maioria da população”, afirmou Catarina Martins, salientando depois que “a aprovação de uma nova lei de bases da saúde é um caminho importantíssimo”. Criticou então a anterior lei de base que “dizia coisas tão absurdas como... compete ao Estado promover o negócio privado da saúde” e que levou a que quatro em cada dez euros vá para os privados.

A coordenadora bloquista lembrou a seguir, ironicamente, a presidente da Luz Saúde e citou-a: “Isabel Vaz, que foi presidente do BES Sáude e agora é presidente da Luz Saúde e que ficou conhecida por ter dito que o único negócio melhor que a saúde é o armamento, veio recentemente dizer que achava perigoso o peso do Estado na saúde. Que não devia haver tanto peso do Estado na saúde, que não devia haver tanto SNS”.

“E mostrou-se preocupada com o peso do Bloco de Estado no país”, recordou Catarina Martins, respondendo a Isabel Vaz: “E, tem toda a razão. No momento em que tivermos de escolher entre os lucros do hospital privado e o acesso à saúde das pessoas deste país, podem ter a certeza que o Bloco de Esquerda vai escolher o acesso à saúde das pessoas deste país”, garantiu Catarina Martins, assinalando que “a próxima legislatura é feita dessas escolhas”.

A coordenadora do Bloco apontou que “é preciso acabar com a promiscuidade entre público e privado” e garantir “carreiras decentes e valorizadas para os profissionais de saúde e a exclusividade com a dedicação plena ao SNS”.

“O que é público deve ser gerido pelo Estado, responsabilidade pública, combater a promiscuidade”, defendeu a deputada, acrescentando a necessidade de mais investimento e de orçamentos pluri-anuais.

“O SNS é um pilar de desenvolvimento”, de “democracia” e “da segurança da vida das pessoas”, sublinhou. Apelando “olhem para o que foi feito nestes quatro anos”, Catarina Martins concluiu, apontando a necessidade de “ir mais longe” e defendendo: “este é o momento. As escolhas determinantes são estas. Acabar com a promiscuidade do negócio. Respondermos sem ninguém ficar para trás”.

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