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Risco de bancarrota de Portugal teve a maior subida do mundo

O risco da dívida soberana portuguesa teve nesta quarta feira a maior subida do mundo e os juros das obrigações do Tesouro dispararam, atingindo 18,7% para as OT a 5 anos. A notícia de Portugal precisar de um segundo resgate dada pelo “Wall Street Journal” influenciou a subida. António Saraiva, presidente da CIP, disse à Reuters que será preciso um segundo resgate de 30 mil milhões.
Juros da dívida portuguesa já chegaram a 18,79% - Foto de Images of Money/flickr

O risco de falência de Portugal disparou nesta quarta feira, em grande parte devido à notícia do “Wall Street Journal”, que noticiava a possibilidade de Portugal precisar de um segundo resgate, face aos receios de que o país não seja capaz de regressar aos mercados em 2013. O jornal citava um relatório do Instituto de Finanças Internacional (IFI), o lóbi da finança mundial, que afirmava ser problemático que Portugal emitisse obrigações de longo prazo em 2013 com as taxas acima dos 12%.

Segundo o site do “Diário Económico”, a subida do risco de Portugal foi a maior do mundo: o preço dos credit default swaps (cds) – que funcionam como uma espécie de crédito perante o risco de incumprimento de um país - sobre as Obrigações do Tesouro (OT) português a cinco anos subiu 22 pontos para 1.309 pontos. Isto é, para segurar 10 milhões de euros são exigidos 1,3 milhões de euros (13,09%).

Os juros da dívida portuguesa no mercado secundário atingiram os 14,59% para as OT no prazo de dois anos, os 14,597% para o prazo de 10 anos e 18,79% para o prazo de 5 anos.

Entretanto, em declarações à agência Reuters, António Saraiva presidente da confederação patronal da indústria disse Portugal precisará de um segundo empréstimo de 30.000 milhões de euros, porque “a troika não avaliou corretamente a real situação portuguesa”.

O presidente da CIP disse ainda à agência que prevê uma descida TSU (a contribuição dos patrões para a segurança social) em 2013 e que o acordo de concertação assinado entre Governo, patronato e UGT vai “atenuar, diluir e até, porque não, anular essa conflitualidade social que se pressentia”.

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