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EDP altera informações dadas a clientes, depois da nossa exposição
Concretamente, quase 24 horas depois de o artigo “Ganha a EDP, ganha o Continente, perdemos nós” ter sido publicado, a EDP alterou o plano tarifário anunciado no seu sítio de Internet para o plano "EDP Casa". Sendo assim, quem seguir a ligação citada no artigo encontrará agora um preço de €0,1365 por kwh, mais elevado que o descrito no Caso 02, e um preço de €0,3242 por dia pela potência contratada de 6,9 kVA, mais baixo que o apresentado no Caso 02. Temos assim que a conta final do Caso 02, com base nestes novos valores, será de €62,8, um valor mais elevado que o previsto inicialmente mas ainda mais baixo que o do plano "EDP Continente".
O novo tarifário prevê ainda a possibilidade de adesão ao plano "EDP Casa" com uma potência abaixo de 6,9 kVA, sendo que neste caso o valor da fatura será exatamente igual ao da tarifa regulada.
Curiosamente, contudo, numa outra página do grupo EDP, o tarifário anunciado para o plano "EDP Casa" ainda é o anunciado até ao dia 18 de Janeiro1. Talvez depois do reparo feito aqui o tarifário seja corrigido mas entretanto fica toda esta confusão como um indício de o que está para vir com a liberalização do mercado de eletricidade.
Assinalo que a alteração do tarifário “EDP Casa” não altera as conclusões essenciais do texto publicado ontem. Não é admissível que a EDP use a sua posição monopolista para favorecer de forma tão clara um grupo retalhista, em detrimento de outros espaços comerciais e em prejuízo claro do comércio de proximidade. Não é admissível que se apresente um desconto em cartão Continente proporcional à fatura de eletricidade como uma política social. Não é admissível usar engodos deste tipo para atrair as pessoas a aderir ao mercado liberalizado antes que a isso sejam forçadas pelo governo, dando a ideia de que a transição foi voluntária. A liberalização dos preços da eletricidade será um péssimo negócio para a população, como já o foi a liberalização dos preços dos combustíveis, e não há esmolas em cartões de hipermercados que anulem esta realidade.
Com base nos múltiplos comentários deixados, é possível ainda acrescentar três detalhes importantes sobre o plano "EDP Continente" não enunciados anteriormente: (1) o plano não contempla a tarifa social, (2) quem mudar para o plano não poderá depois mudar de novo para a tarifa regulada, (3) quem quiser manter-se na tarifa regulada pode fazê-lo até 2015 mas, a partir de 2013, sofrerá uma penalização no valor do kwh, a mando da "troika".
Aproveito para agradecer os comentários, que em muito permitiram melhorar este trabalho.
Comments
1. Que me diz da ENDESA ter
1. Que me diz da ENDESA ter uma joint-venture com a SONAE, para comerciliazação de electricidade? Aplicam-se os seus mesmos comentários?
2. Se em 2013 vai haver uma sobretaxa sobre o kwh na tarifa regulada, como refaz as suas contas para 2013 e 2014? Não sabia desta sobretaxa, mas deu-me uma razão para mudar de fornecedor, eventualmente para a ENDESA ou EDP Comercial Continente
Para além de vários factores,
Para além de vários factores, mas não entrando em politiquice, o Plano contempla a tarifa social.
Ricardo: Este texto nem
Ricardo: Este texto nem parece obra de uma pessoa especializada em Ambiente e Recursos Naturais...
Faltou-te dizer que esta é uma medida que promove quem mais gasta energia, contribuindo para um maior consumo de energias fosseis. Os clientes que têm sistemas de micro-geração e que estão a contribuir para um mundo mais sustentável não são promovidos por esta campanha.
Ou seja, continuamos a promover a mesma mentalidade que nos trouxe a esta crise... Assim não vamos lá malta!
Sim, aqui quis-me focar no
Sim, aqui quis-me focar no negócio com o Continente mas essa crítica também é muito pertinente. Esse é mais um dos problemas com a liberalização do mercado elétrico: sem intervenção estatal, tudo o que temos são empresas que, como todas as empresas privadas, querem vender o máximo possível, logo não estão de todo interessadas em promover a redução de consumos. Apenas uma empresa pública, que venda não eletricidade mas um conjunto de serviços de energia (incluindo serviços que permitem reduzir consumos), é compatível com uma política ambiental sustentável. O BE já fez uma proposta desse tipo no parlamento, mas foi rejeitada pela troika PS-PSD-PP.
a coisa não é tão simples, é
a coisa não é tão simples, é mesmo muito complexa. Por esse critério a EDP é uma empresa que tb presta serviços de promoção das energias renováveis. Basta pensar nos seus parques eólicos em que é líder (3º mundial) e está mesmo a promover uma campanha de auto-produção com o foto-voltaico, oferecendo até iPAD.
Quanto à redução de consumo, não vai ser necessário qualquer campanha de promoção, vai ser o aumento do custo da energia na origem (petróleo) que vai --forçar- os consumidores a reduzir drasticamente o consumo.
Há ainda o défice tarifário acumulado, cerca de 3.000 milhões, para o qual não há ainda solução e que vai acabar a ser pago pelos consumidores, seja na fatura futura através do aumento dos preços, seja pelo OGE e assim pelos impostos.
olhem este exemplo: nesta
olhem este exemplo: nesta vila não há edp! criaram uma cooperativa, fizeram uma barragem e toda a população tem electricidade a um preço mais justo... e ainda bem pois fica num dos concelhos mais fustigado pelo desemprego.
http://www.aelectricamc.pt/
sim, criaram, mas foi antes
sim, criaram, mas foi antes do 25 de abril, quando não existia EDP e todas as empresas de produção e distribuição eram privadas. depois do 25 de abril, quando o país necessitou de se financiar para eletrificar as aldeias, os bancos exigiram garantias do estado e este para as poder dar, nacionalizou todas as empresas e agrupou-as na EDP. As cooperativas ficaram de fora, já que eram sem fins lucrativos e geridas pelos trabalhadores.
Essa cooperativa tem uma concessão para comprar e distribuir a energia
"...limitado à área das freguesias de Moreira de Cónegos, S. Martinho do Conde e Guardizela, no concelho de Guimarães".
é esta cooperativa que compra e distribui e faz todos os investimentos e gere a sua própria rede na área da sua concessão.
No quadro de uma liberalização de energia elétrica na península ibérica, os consumidores deviam associar-se em cooperativas de compradores de energia e negociarem com as empresas as tarifas, tal como fazem as grandes empresas e os municípios.
É tudo uma questão de fazer
É tudo uma questão de fazer contas, e só adere quem quer.
Eu tinha EDP5D fiz as contas e ao mudar para EDPCONTINENTE a factura fica mais cara 1,87€ mas, como recebo 10% no cartão acabo por ter um ganho de 7,85€.A factura 5D seria 96,21€; A factura CONTINENTE seria 98,18€. O que vai para o cartão é 9,8€. Se descontar a diferença de preço ainda tenho 7,85€ para o cartão.
Atenção que os 10% de
Atenção que os 10% de desconto não é sobre o total da fatura, mas sim sobre o valor antes do IVA e dos Impostos.
Vejam o que diz a DECO.
Vejam o que diz a DECO. Insuspeito, não?
http://www.deco.proteste.pt/servicos-basicos/plano-edp-continente-inform...
Eu aderi e fiquei a perder
Eu aderi e fiquei a perder muito.
Como gasto pouco estava isento da taxa multimédia.
Pensando que iria beneficiar algo, pois pensava que continuaria a beneficiar da isenção da taxa multi-média, mas verifiquei que fui severamente enganado, pois não me informaram que mesmo gastando pouco teria que pagar como se gastasse muito a taxa multimédia durante 1 ano e só depois de 1 ano a gastar pouco é que voltaria a beneficiar, porque passaria a ser um cliente novo, quando na verdade já sou cliente da EDP desde o princípio.
Os da EDP continente são uns caras de pau, pois não assumiram o erro que cometeram ao me enganarem com falta de informação.
Estou arrependido por ter aderido, mas já nada posso fazer, porque se voltar a mudar o prazo para isenção da taxa multimédia volta outra vez ao princípio. Este tipo de injustiça é abominável.
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