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Bloco promoveu audição pública sobre "Trabalho por Turnos"
“Temos, neste momento, dois debates centrais, e difíceis, com o Governo. O primeiro tem a ver com as escolhas sobre o sistema financeiro e a política económica – como a questão da dívida, da manutenção no Novo Banco na esfera pública, da relação com as regras europeias que nos são impostas. O segundo diz respeito às questões do trabalho”, avançou o dirigente do Bloco durante a iniciativa, que teve lugar este sábado no Porto, e contou também com a participação de Isabel Silva, professora da Universidade do Minho, José Casimiro, membro da Coordenadora Nacional do Trabalho do Bloco de Esquerda, e Luís Magalhães, presidente do SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da agricultura e das indústrias de alimentação, bebidas e tabacos de Portugal.
Segundo José Soeiro, temos “grandes desafios pela frente em quatro grandes áreas”.
Em causa está a “recuperação de rendimentos retirados aos trabalhadores por via das alterações laborais”, nomeadamente no que concerne à diminuição para metade do valor das horárias extraordinárias e da diminuição do preço pago em dia de feriado ou em dia de descanso.
Outra grande área prende-se com o tempo de trabalho. Houve um acordo que permitiu devolver os quatro feriados que foram retirados mas, segundo o deputado bloquista, existem outras matérias que ficaram pendentes, como os descansos compensatórios por trabalho extraordinário, a reposição dos três dias de férias retirados, e a diminuição do horário de trabalho.
Conforme avançou o dirigente do Bloco, as outras áreas dizem respeito à contratação coletiva, “que tem estado bloqueada e tem hoje uma expressão quase residual”, e à segurança social e reformas”.
“O facto de estarmos a ter estes debates não nos inibe de irmos apresentando iniciativas sobre temas específicos que, no fundo, de uma forma ou de outra, acabam por tocar nestas áreas, e é o caso deste projeto de lei e deste debate sobre os turnos”, assinalou José Soeiro.
O projeto sobre trabalho por turnos que irá ser apresentado na Assembleia da República visa responder a quatro áreas chave: A definição do trabalho por turnos e do trabalho noturno, este último definido aqui como sendo a partir das 20h; a participação dos trabalhadores, capacitando-os de decidirem sobre a organização do seu horário de trabalho; a diminuição do horário de trabalho, que, nestes casos, deve ser, no máximo, de 35 horas semanais; as contrapartidas em termos de folgas e de descanso, tendo em conta a penosidade deste tipo de trabalho, que tem consequências na vida familiar e social, com riscos para a saúde; e o regime de reforma, com a proposta de que quem tem este tipo de trabalho tenha dois meses de antecipação de reforma por cada ano de trabalho neste regime.
Comments
o trabalho por turnos
Se as medidas propostas me parecem de longo alcance noto que falta uma medida importante e para já,que é a despenalização pela antecipação da reforma dos trabalhadores por turnos.Acabar com a taxa de sustentabilidade porque para a mesma já contribuiram e muito com o seu trabalho desgastante de turnos e as penazilações de 0,6% por cada ano de antecipação seja anulado para quem tem mais de 35 anos nesse regime...outras medidas neste âmbito podem ser propostas o pior é ficarem calados,temos que aproveitar esta legislatura.
6 por cento...
0,6% ???Era bom era !!Tire o zero e a vírgula e fica com a conta certa!!
Trabalho por turnos
É da maior justiça beneficiar os tralhadores de turnos proporcionando-lhes uma reforma entecipada. Só quem trabalha por turnos sabe a sua implicação na saude, vida social e familiar.
Anjos da noite
Também trabalho por turnos, e é bom que alguém olhe para nós, como gente, e não com os patrões fazem, que olham para nós como uma máquina, que trabalha enquanto eles dormem, chama-se a isso, ganhar dinheiro a dormir, pois está lá o escravo, a ganhar uma esmola que eles dão pelo trabalho noturno, mas que nunca compensa os anos de vida que se perdem, e à partida, isso é garantido, depois, as doenças relacionadas com o sono, distúrbios alimentares, psicológicos e outras complicações que acabam por não se saber bem as causas, mas no fundo está tudo relacionado. O serviço noturno, alguém o tem que fazer! Mas, a que preço? Ganhar o suficiente para nos podermos tratar mais ou menos adequadamente! Descansar mais! Reforma mais cedo! Ou só temos direito a perder? Bem, como disse, os anos de vida que se perdem são garantidos, mas se nos tratassem com mais dignidade, podia ser uma mais-valia, para confortar a nossa alma, pelo menos.
Trabalho por turnos
Também andei a recolher assinaturas na empresa onde trabalho.
Quando vai a discussão no parlamento?
Trabalho por turnos.
Já tenho 33 anos de turnos no Estado com mais 9 de segurança social e aos 62 anos ainda me querem roubar quase 40% à reforma.E estes turnos são alternados.De 4 em 4 dias mudo de turno o que ainda é pior!!!BASTA !!!
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