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“Orçamento tem de trazer solução para a contagem do tempo de serviço dos professores”
À margem do jantar/comício do Bloco na Baixa da Banheira, a deputada bloquista Joana Mortágua disse aos jornalistas que o Bloco vai exigir que no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2018, ao longo das próximas semanas, “haja uma solução para a contagem do tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira para estes professores e professoras”.
“Dissemos desde o início que era inaceitável que algumas profissões, por terem uma carreira que funciona de maneira diferente, ficassem de fora do reposicionamento”, recordou a deputada do Bloco, dando o exemplo “das professoras e professoras que deram aulas durante tantos anos” e a quem o governo não pode vir “dizer-lhes que o tempo que estiveram na escola não conta para nada, não conta para a sua carreira”. “Isto seria perpetuar o impacto da troika na vida destas pessoas”, defendeu Joana Mortágua.
“O que queremos ver garantido é uma norma que obrigue o governo a negociar com os sindicatos, na negociação coletiva, o posicionamento e a contagem do tempo de serviço destes professores e professoras”, prosseguiu a deputada, sublinhando que “os sindicatos já vieram dizer que estão disponíveis para negociar e que aceitam várias formas de fazer esta contagem do tempo de serviço”.
No próximo dia 15 de novembro está marcada uma greve nacional de professores contra a intenção do governo de proceder a um “apagão” de nove anos na contagem do tempo de serviço dos docentes, para efeito do processo de descongelamento das carreiras na administração pública.
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Atenção que existem mais
Atenção que existem mais profissões - até no setor empresarial do Estado - cuja progressão nas carreiras está dependente do tempo de serviço. A alteração à norma prevista no OE irá aplicar-se apenas aos professores em regime de exceção ou será extensível aos restantes trabalhadores do Estado que estão na mesma situação?
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