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"Defendemos uma nova política da floresta e de combate aos incêndios florestais"

No debate da moção de censura ao governo, a coordenadora do Bloco apontou que nada muda “se a Proteção Civil e a floresta continuarem reféns” dos privados, se o “interior continuar sem serviços públicos”, se o “território continuar abandonado”.
Sublinhando que “a direita nada tem a propor”, Catarina Martins apontou a finalizar que “a questão é saber se o governo consegue fazer o que falta”
Sublinhando que “a direita nada tem a propor”, Catarina Martins apontou a finalizar que “a questão é saber se o governo consegue fazer o que falta”

Na sua intervenção no debate da moção de censura do CDS ao governo, Catarina Martins lembrou que é a primeira vez que se debate “uma moção de censura sobre uma tragédia” e que a “moção de censura é um instrumento para demitir um governo”, sublinhando que “não é sobre a dor ou a indignação de um país”.

“Por isso mesmo, apresentar esta moção como fez o líder do CDS, como um instrumento para os partidos avaliarem se a morte de cem pessoas é grave, é mais do que desadequado, é obsceno”, acusou a coordenadora bloquista.

Questionando o governo, Catarina Martins salientou que “no inverno passado o parlamento aprovou o reforço dos sapadores florestais proposto pelo Bloco”, alertou que o partido propôs também que “a vigilância da floresta, por este ano ser atípico, se prolongava para lá da fase Charlie” e que, logo a seguir à tragédia de Pedrógão, alertou “para a necessidade, no imediato, de um plano especial para a Proteção Civil para que a tragédia não se repetisse”. “Nada mudou”, criticou Catarina.

De seguida, a coordenadora bloquista centrou-se nas questões sobre o futuro - se a situação vai mesmo mudar. Lembrando que “o Bloco tem proposto uma nova política da floresta”, apontou que o partido defende “uma nova estrutura governativa que reúna ordenamento do território, política florestal e combate a incêndios”, apoiou o esforço anunciado pelo conselho de ministros para “no imediato indemnizar, apoiar, reconstruir” e alertou que “faltam medidas urgentes para os novos problemas ambientais das cinzas e dos solos ardidos”.

Apoiando o controle público sobre o Siresp, Catarina Martins questionou: “mas para quê manter acionistas privados que já falharam?” Sublinhou que o Bloco sempre apoiou a “participação das forças armadas”, mas questionou “como e quem articula a sua atuação” e se “acabam os contratos privados de meios aéreos”.

“Sobretudo sentimos falta de compromisso com passos essenciais: banco público de terras para as parcelas abandonadas, responsabilidades claras e meios para a limpeza da floresta”, destacou Catarina Martins, garantindo que “o Bloco aqui está para garantir uma política orçamental que faça o apoio necessário e a segurança necessária às populações e que seja capaz de organizar o território e sabemos que é possível fazê-lo continuando a estratégia de recuperação de rendimentos”. “O país tem de valer mais do que as metas de Bruxelas”, realçou.

Sublinhando que “a direita nada tem a propor”, Catarina Martins apontou a finalizar que “a questão é saber se o governo consegue fazer o que falta” e afirmou: “Se a Proteção Civil e a floresta continuarem reféns de negócios privados, se o interior continuar sem serviços públicos e a despovoar-se, se o território continuar abandonado e desordenado, nada muda e isso não é mais admissível”.

Catarina Martins: "Defendemos uma nova politica da floresta e de combate aos incêndios florestais"

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