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Não há emprego para professores portugueses no Brasil e em Angola

Assessor do ministro da Educação do Brasil fica surpreendido com incitação de Passos Coelho à emigração. Em Angola só há 20 professores no âmbito de um acordo de cooperação.

Um assessor do ministro da Educação do Brasil, ouvido pelo semanário Expresso, nega que o Brasil esteja a importar professores portugueses, como deu a entender o primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho. “Os entraves burocráticos são um problema, e o salário do professor também não é famoso”, observou. O salário mínimo dos professores do Básico é de cerca de 500 euros.

O Expresso também ouviu cinco secretarias de Educação de diferentes estados, e pôde verificar que não há falta de professores. No mais rico estado do país, S. Paulo, por exemplo, existem 230 mil vagas e no ano passado candidataram-se 261 mil candidatos.

Um dirigente sindical docente, ouvido pelo semanário, lembra que no Brasil também há desempregados, greves, problemas salariais. “O Brasil está a percorrer um caminho económico bom, mas é ainda um país cheio de contradições”, lembra.

Em Angola, os professores em falta vão ser recrutados no país e há apenas 20 professores portugueses, no âmbito do acordo de cooperação, número que deve ser reforçado em meia dúzia.

Recorde-se que até Marcelo Rebelo de Sousa, ex-presidente do PSD, criticou Passos Coelho: "Os portugueses querem um primeiro-ministro que lhes diga: Eu vou governar de tal maneira que não será preciso emigrar", disse.

ESQUERDA.NET | Emigra tu, Passos Coelho.

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